Um crime abalou a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sarah Silva Domingues, de 28 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo, foi brutalmente morta a tiros enquanto realizava uma atividade para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Ilha das Flores, em Porto Alegre.
Segundo informações da Polícia Civil, o crime também vitimou um homem de 53 anos, com antecedentes criminais por porte de arma e ameaça, que era o dono de um mercado na região. As investigações indicam que o homem assassinado era o alvo principal dos disparos, enquanto Sarah, aparentemente, não tinha qualquer ligação com ele.
Colegas da vítima relataram que a ida até a Ilha das Flores fazia parte da pesquisa de Sarah, que estava documentando a região por meio de registros fotográficos para o seu TCC. A estudante, conhecida por sua dedicação à luta por justiça social, abordava essa temática em seu trabalho de conclusão, conforme afirmou Helena Andrade Ew, colega e amiga da vítima.
“Ela não morreu em vão. Ela é vítima da violência nas periferias que vivenciamos todos os dias. E ela lutava e estudava por justiça social, inclusive o trabalho de graduação dela era sobre isso,” declarou Helena.
A UFRGS emitiu uma nota lamentando profundamente a morte da estudante, expressando solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Sarah. A instituição destaca o engajamento da jovem no movimento estudantil, tendo sido coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante do Conselho Universitário da UFRGS.
O 9º Batalhão de Polícia Militar relatou que o crime ocorreu em frente a um mercadinho na região, onde dois homens em uma moto chegaram, atiraram contra a estudante e, em seguida, entraram no estabelecimento, onde balearam o homem, resultando na morte instantânea de ambos.
A Polícia Civil está investigando o caso, mas as motivações para o crime ainda são desconhecidas. A mulher do homem assassinado, que estava nos fundos do estabelecimento, afirmou à polícia que seu marido não possuía desavenças ou inimizades que pudessem motivar o crime.
Entidades estudantis, como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), e entidades de classe, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU-RS), prestaram homenagens à estudante e manifestaram pesar pela sua morte. A comunidade acadêmica e a sociedade em geral clamam por justiça diante dessa trágica perda. (Do Ver-o-Fato, com informações de G1 Rio Grande do Sul)