Por volta das 6 horas da manhã, o movimento intitulado “Grito dos trabalhadores da Pedra do Peixe” iniciou um ato com o intuito de chamar atenção das autoridades para a queda nas vendas por conta de informações desencontradas acerca da “Síndrome de Haff”, ou “doença da urina preta” – como vem sendo chamada.
Há nove dias foram registrados seis casos no Pará, aliado com vídeos que circulam pelas redes sociais, aumentando o temor dos consumidores de pegar a doença. Ou seja, muita gente está deixando de comer peixe. E não é só pelo preço, ainda alto.
A baixa venda atinge diretamente os peixeiros, balanceiros, carregadores, pescadores e comerciantes de maneira geral, que se reuniram e fecharam as Avenidas Boulevard Castilho França e Portugal, no bairro da Cidade Velha, em Belém.
Durante o ato houve manifestações de políticos e representantes da categoria. Fernando Souza, presidente do Sindicato dos Peixeiros de Belém (Sindpeixe), foi taxativo: “queremos que as autoridades sanitárias esclareçam as pessoas que não há comprovação científica de que o pescado vendido no Ver-o-Peso está causando essa doença. Nesse momento, precisamos que as pessoas voltem a comprar nosso peixe. Se não atingirmos nosso objetivo, que é as autoridades virem aqui, amanhã podemos fechar de novo”.
Durante o protesto, houve também a preparação de um peixe na brasa, servido com farinha e comido pelas pessoas presentes no local, com o objetivo de mostrar a confiança na segurança do pescado vendido na feira. O trânsito foi liberado por volta das 7 horas da manhã.