A família está aflita com o sumiço de Lucirlei
Lucirlei dos Reis conta como entraria ilegalmente nos Estados Unidos |
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Amigos de Lucirlei Carita dos Reis estão angustiados à espera de notícias. O homem de 35 anos desapareceu ao tentar entrar os Estados Unidos. Ele entrou em contato com a família pela última vez no dia 5 de novembro. A suspeita da família é que ele esteja entre o grupo de brasileiros que desapareceu ao tentar entrar ilegalmente no país, no dia 6 do mesmo mês. Em áudios enviados para um amigo, que mora em Araguaína, ele detalha o esquema para a entrada ilegal.
LUCIRLEI
– Lá a gente vai tudo certinho pra Bahamas como turista. E aí tem um
esquema que das Bahamas lá pra Miami você vai num iate de um cara,
entendeu? Tudo meio escondido assim e tal e entra lá em Miami nos
portos. Só que é R$ 50 mil por cabeça. Você paga R$ 50 mil por cabeça
quando chegar lá, entendeu?
– Lá a gente vai tudo certinho pra Bahamas como turista. E aí tem um
esquema que das Bahamas lá pra Miami você vai num iate de um cara,
entendeu? Tudo meio escondido assim e tal e entra lá em Miami nos
portos. Só que é R$ 50 mil por cabeça. Você paga R$ 50 mil por cabeça
quando chegar lá, entendeu?
Elineia Carvalho tem uma filha com Lucirlei Carita e sempre mantinha
contato com ele, desde que saiu de Palmas no dia 21 de outubro com
destino aos Estados Unidos. Segundo ela, o ex-marido pegou um avião no
aeroporto da capital e foi até São Paulo. De lá, seguiu para Bahamas e
chegou no dia 26 onde permaneceu numa casa com a atual esposa Regiane
dos Santos Viana e outros brasileiros aguardando a travessia.
Nos áudios Lucirlei conta que ficaria em uma casa luxuosa até que chegasse a hora de embarcar para os Estados Unidos.
LUCIRLEI – Eu vou chegar
lá em Bahamas domingo aí tem um cara lá que já busca a gente no
aeroporto. Eu vou ficar numa casa lá que tem wi-fi, tem comida, tudo
bacana. Lá é nas Bahamas, no Caribe, é uma ilha que tem do lado dos
Estados Unidos. Então eu vou ficar lá porque eles têm a hora certa de
passar. Eles ficam esperando tal, tal quando der a hora certa a gente
passa.
lá em Bahamas domingo aí tem um cara lá que já busca a gente no
aeroporto. Eu vou ficar numa casa lá que tem wi-fi, tem comida, tudo
bacana. Lá é nas Bahamas, no Caribe, é uma ilha que tem do lado dos
Estados Unidos. Então eu vou ficar lá porque eles têm a hora certa de
passar. Eles ficam esperando tal, tal quando der a hora certa a gente
passa.
Dias antes de embarcar para Bahamas, Lucirlei conta para o amigo que vai passar em Araguaína para se despedir da filha e dos parentes que moram lá, pois ele pretendia ficar muito tempo no exterior.
LUCIRLEI
– Então, eu vou passar aí em Araguaína meio rápido, visitar minha
filha, minha vó e os parentes. Porque se eu conseguir entrar lá não sei
quando é que eu volto. Não tenho uma data certa para volta. Um ano, dois
anos, três anos, cinco anos, sabe?
– Então, eu vou passar aí em Araguaína meio rápido, visitar minha
filha, minha vó e os parentes. Porque se eu conseguir entrar lá não sei
quando é que eu volto. Não tenho uma data certa para volta. Um ano, dois
anos, três anos, cinco anos, sabe?
No dia 25 de novembro, Neia e o pai de Lucirlei foram até a sede da
Polícia Federal em Araguaína registrar boletim de ocorrência. O delegado
Allan Reis confirmou e disse que o caso foi registrado na difusão
amarela, lista de pessoas desaparecidas enviada para 27 países.
“Também mandamos email para a polícia em Washington para que entrasse
em contato com as autoridades nas Bahamas para saber sobre as
investigações em relação ao caso. É bom ressaltarmos que pessoas que têm
parentes desaparecidos podem registrar na difusão amarela, que está
disponível no site da PF”.
O Itamaraty divulgou nota nesta segunda-feira (26) explicando que, assim que soube do desaparecimento do grupo de brasileiros
que tentava entrar ilegalmente pelo mar nos Estados Unidos, informou
“imediatamente” a Polícia Federal, as autoridades migratórias, policiais
e as guardas costeiras bahamenses e norte-americanas.
que tentava entrar ilegalmente pelo mar nos Estados Unidos, informou
“imediatamente” a Polícia Federal, as autoridades migratórias, policiais
e as guardas costeiras bahamenses e norte-americanas.
O Ministério das Relações Exteriores esclareceu que parentes dos
brasileiros que fariam a travessia marítima entre as Bahamas e os
Estados Unidos comunicaram o desaparecimento deles em 15 de novembro. O
último contato do grupo com os familiares havia sido no dia 6 daquele
mês.
Na nota, o Itamaraty afirmou ainda que, desde então, tem trabalhado em
conjunto com as demais instituições, mas que, até o momento, não há
informações sobre o “paradeiro desses cidadãos e tampouco sobre a
embarcação que supostamente os levaria para os Estados Unidos”.
Ainda não houve registro de prisão, naufrágio ou pedido de ajuda na região do desaparecimento. Fonte: G1 Tocantins
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