Joe Rogan colocou o Spotify numa situação difícil, mas o serviço de streaming americano não planeja dispensar o popular apresentador de podcast, apesar das intensas críticas geradas por seus comentários antivacina e de teor racista.
Em mensagem enviada aos funcionários da empresa no domingo, 6, o cofundador e presidente (CEO) do Spotify, Daniel Ek, disse que o linguajar racista de Rogan foi “incrivelmente doloroso” e que o apresentador foi o responsável pela recente remoção de dezenas de episódios do programa “The Joe Rogan Experience” da plataforma.
No comunicado, porém, Ek disse acreditar que silenciar Rogan “não é a resposta”, embora tenha condenado com veemência as falas do apresentador.
A mensagem é a indicação mais clara da postura do Spotify em relação ao futuro de Rogan na empresa depois que vários músicos, incluindo Neil Young, Janis Joplin e India.Arie, retiraram seus trabalhos da plataforma em protesto à atitude do apresentador.
O podcast mais ouvido da plataforma
Joseph James Rogan, 54 anos, é comentarista de UFC, comediante e apresentador de TV, porém, ganhou fama mais robusta ao criar o podcast “The Joe Rogan Experience”, que existe desde 2009 e já recebeu entre os convidados nomes como Jay Leno, Elon Musk, Macauley Culkin, Neil DeGrasse Tyson e Jordan Peterson, entre muitos outros. Desde 2020, o podcast dele virou conteúdo exclusivo do Spotify, que teria pago cerca de US$ 100 milhões pela exclusividade, segundo o Wall Street Journal. Hoje, o programa é o mais ouvido de toda a plataforma, atraindo cerca de 11 milhões de ouvintes por episódio.
(AE)