O Estado do Pará, durante as eleições de 15 de novembro, registrou 194 ocorrências, principalmente de crimes eleitorais, como boca de urna, compra de votos, concentração de eleitores, “fake news” (notícias falsas) e transporte de eleitores), além de manifestações políticas.
A boca de urna foi o principal crime cometido, com 85 ocorrências registradas, além de quatro crimes comuns relacionados às eleições, como lesões corporais e ameaças. Nenhum crime contra candidato foi registrado ontem.
Houve também a apreensão de uma arma branca, materiais de campanha e oito veículos (carros, moto e caminhão). Foram lavrados 14 termos circunstanciados de ocorrência lavrados (TCO) e 85 prisões efetuadas, a maioria relacionada a boca de urna e compra de votos.
Entre os municípios que mais registraram estes tipos de ocorrências, no período de sexta-feira a domingo, estão Tucuruí, Goianésia, Marabá, Igarapé-Miri, Parauapebas, Breves, Jacundá e Breu Branco.
As informações foram divulgadas durante entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (16), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Belém, pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
As ações de todos os órgãos de segurança pública, preventivas e ostensivas, assim como cada movimentação nos 144 municípios paraenses foram acompanhadas em tempo real do CICC, instalado na capital.
Em 13 cidades do Estado foram instalados os Centros Integrados de Comando e Controle Regionais que, além de agirem de forma mais célere em situações que necessitassem da atuação dos órgãos, alimentavam o sistema estadual “Argos”, com dados sobre as ocorrências registradas e o Centro Estadual enviava as informações para o sistema nacional, por meio do sistema “Córtex”. Os centros funcionarão no dia 29 de novembro, nos municípios de Belém e Santarém onde haverá segundo turno.
Por meio do Centro Integrado de Operações (Ciop), foi feito o vídeo-monitoramento em tempo real dos principais corredores de veículos e pessoas, além dos principais locais de votação na Região Metropolitana de Belém. Ao todo, 209 câmeras foram utilizadas.
Participaram da operação “Eleições 2020” as Polícias Civil e Militar, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o Corpo de Bombeiros Militar, todo o sistema estadual em parceria com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Guarda Municipal de Belém.
Polícia Militar
Neste 1º turno das eleições municipais, foram mais de 7.300 policiais militares empenhados em todo o Estado, com o suporte operacional de viaturas, embarcações do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu) e aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).
“Deslocamos quase mil policiais militares da capital para o interior, a fim de reforçar a segurança naqueles municípios que, historicamente, apresentavam algum tipo de conflito eleitoral, mas a operação transcorreu dentro da normalidade”, destacou o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior.
Para ele foram preponderantes a prevenção e a estratégia adotadas pela Segup. “Os órgãos de segurança se colocaram de maneira preventiva, identificando focos de possíveis animosidades entre adversários políticos e atuando precisamente de maneira a evitar qualquer tipo de confronto. O saldo foi positivo e vamos repetir a mesma estratégia no 2º turno em Belém e Santarém”, destacou o comandante da PM.
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