Belém viveu momentos de tensão na noite desta terça-feira (5), quando uma série de ataques armados deixou a população em alerta. O policial militar reformado Alberto de Sousa da Silva foi assassinado no conjunto Panorama XXI, bairro do Mangueirão, e dois policiais militares foram alvo de um tiroteio no bairro do Guamá. Os episódios ocorreram em um curto intervalo de tempo e são investigados pela Polícia Civil como possíveis retaliações de uma facção criminosa.
Assassinato de PM reformado no Mangueirão
Por volta das 19h40, Alberto de Sousa da Silva foi surpreendido dentro de um estabelecimento comercial no conjunto Panorama XXI. Testemunhas relataram que homens armados entraram no local e dispararam contra o policial reformado, atingindo-o no lado direito do tórax.
Populares tentaram socorrer Alberto, que foi levado por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco após dar entrada. A Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP) investiga o caso e já iniciou perícias para identificar os autores do crime.
Ataque contra viatura da PM no Guamá
Horas após o assassinato de Alberto, outro episódio de violência ocorreu no bairro do Guamá. Dois policiais militares do 37º Batalhão realizavam patrulhamento na Avenida Tucunduba, quando foram alvo de um ataque coordenado. Um carro preto se aproximou da viatura policial e, de dentro dele, desceram quatro homens armados que abriram fogo contra os policiais. Um dos PMs foi atingido por estilhaços na cintura, enquanto o colete balístico do outro policial amorteceu um disparo direto. Ambos foram socorridos e, apesar dos ferimentos, não correm risco de morte.
Durante o confronto, os criminosos fugiram em direção à rua Barão de Igarapé Miri, onde ainda trocaram tiros com outra viatura.
Os suspeitos continuaram a fuga até abandonarem o veículo, um HB20 preto com registro de roubo, no bairro da Condor. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de fuzil e munições de calibre .40. A Polícia Militar suspeita que o ataque tenha sido uma represália à morte de dois membros de uma facção criminosa, ocorrida no bairro do Tapanã recentemente.
Medo e indignação tomam as redes sociais
A noite de violência gerou revolta entre moradores e repercutiu amplamente nas redes sociais. “Eu moro bem do lado do ocorrido, já estava deitada quando só escutei uma rajada de bala. Teve carro de vizinho que ficou com prejuízo,” comentou uma internauta, maueslidia. Outro usuário, jairomalharia, questionou as autoridades: “Acorda, governador, cadê a segurança do povo? Bora trabalhar!”
A sensação de insegurança e o aumento dos conflitos armados em áreas urbanas intensificam o clima de medo em Belém, onde facções criminosas estão atuando de maneira ousada, desafiando o poder público e aterrorizando a população. A Polícia Militar intensificou as buscas pelos suspeitos, mas o caso ressalta a crescente violência que tem atingido a capital paraense.
Reforço na segurança e resposta das autoridades
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP) está à frente das investigações, com perícias e rastreamento dos suspeitos. As autoridades estaduais, lideradas pelo governador Helder Barbalho, deverão avaliar estratégias para reforçar a segurança nas áreas afetadas, buscando impedir novas represálias e restaurar a sensação de segurança entre os moradores de Belém.