O governo da Ucrânia acusou soldados russos de executarem um prisioneiro de guerra ucraniano com uma espada ao estilo medieval, em um ato de vingança pela incursão ucraniana na região de Kursk, na Rússia. A denúncia foi feita após a divulgação de imagens nas redes sociais que mostrariam o prisioneiro ucraniano, desarmado, deitado em uma poça de sangue, após ser ferido pela arma rudimentar.
De acordo com as imagens, a espada foi cravada no torso do combatente ucraniano, cujas mãos estavam amarradas com fita adesiva. Na lâmina da espada, os soldados russos teriam deixado uma mensagem: “Por Kursk”.
“O nível de barbárie e sede de sangue é impossível de compreender”, afirmou Dmytro Lubinets, comissário de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, em declarações ao jornal britânico Daily Mail. Segundo Lubinets, o caso já foi relatado às Nações Unidas e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pedindo atenção à violação das normas internacionais de tratamento de prisioneiros.
“Outro crime de guerra: russos executaram um prisioneiro de guerra ucraniano desarmado com uma espada e com as mãos presas com fita. Tais ações são uma violação grosseira da Convenção de Genebra relativa ao tratamento de prisioneiros de guerra. Por quanto tempo mais o mundo assistirá à Rússia demonstrar abertamente desrespeito a quaisquer normas e leis?”, questionou Lubinets.
O incidente teria ocorrido na região de Donetsk, território ucraniano atualmente sob controle das forças russas. Esta é mais uma acusação em meio à escalada do conflito, iniciado em fevereiro de 2022. No mês passado, tropas ucranianas realizaram uma incursão inédita em solo russo, tomando parte da região de Kursk, que continua sob controle das forças da Ucrânia.
Essas alegações ainda não foram verificadas de forma independente, mas ressaltam o recrudescimento das tensões no leste europeu, onde violações dos direitos humanos têm sido uma constante desde o início da invasão russa.