A Polícia Civil de Santarém ainda não conseguiu prender o jovem Christian Roberto da Silva, de 19 anos, que confessou ter assassinado o padre José Ronaldo Gomes de Brito, de 37 anos, durante a virada de ano, em Bela Vista do Juá, naquele município da Região do Baixo Amazonas.
O pedido de prisão temporária contra o criminoso só foi expedido pela justiça seis dias depois do crime, quando ele já havia fugido. Christian da Silva, acompanhado de um advogado, ainda chegou a se apresentar na segunda-feira (4), na 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil e confessou ter matado o padre.
Na quinta-feira (7), as equipes da Delegacia de Homicídios de Santarém e da 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil realizaram a busca domiciliar no imóvel indicado como residência do suspeito, mas ele não estava no local. Foram realizadas, ainda, diligências nos endereços conhecidos dele e de seus familiares, mas ele já estava foragido.
De acordo com a delegada Raissa Beleboni, a investigação começou no domingo (03), quando o corpo do padre foi descoberto. O suspeito se apresentou, acompanhado de advogado, na segunda-feira.
“Nós demos continuidade às diligências para a demonstração da realidade dos fatos e, principalmente, se as circunstâncias descritas no interrogatório seriam procedentes. Foram inquiridas mais testemunhas na tarde da segunda e ao longo da terça-feira. Por representação do Ministério Público, junto com a prisão temporária, foi deferida a busca domiciliar no imóvel indicado como residência no suspeito”, informou a delegada.
De acordo com as investigações, há a possibilidade do assassino, possivelmente com apoio de familiares, ter deixado a cidade. Por conta disso, a Polícia Civil pede a ajuda da sociedade para localizá-lo através do disque-denúncia 181.
O crime aconteceu na virada do ano em uma casa na ocupação Bela Vista do Juá, em Santarém. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o suspeito de matar o padre José Ronaldo de Brito foi liberado após prestar depoimento, e que equipes da delegacia local realizavam diligências para elucidar o caso.
Segundo fonte da polícia, Cristian da Silva teria revelado que ele e o padre tinham um relacionamento amoroso, mas que haviam se desentendido.
O acusado teria dito à polícia que após ter matado o padre com um golpe de faca no pescoço, pegou o carro da arquidiocese que era usado por José Ronaldo, com a intenção de fugir, mas acabou perdendo o controle do veículo, que se chocou no muro de uma residência na madrugada do dia 1º de janeiro.
No dia do acidente, ele chegou a ser conduzido pela Polícia Militar à Seccional de Polícia Civil, porém, naquela ocasião ele ainda não era considerado suspeito do crime, já que o corpo do padre só foi encontrado na manhã do último domingo (3) já em adiantado estado de decomposição.
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