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A matéria de ontem 9, com a manchete “governo mente, não paga trabalhadores da saúde e Helder sai do país por 12 dias com a família”, estava correta e sem retoques, apesar de o governador declarar em suas páginas nas redes sociais que o pagamento dos trabalhadores havia sido feito.
Na postagem de Helder Barbalho, tentando desmentir a matéria do Ver-o-Fato, o governador afirmava, citando a Sespa, que a informação não procedia sobre o atraso no pagamento aos trabalhadores da Pró-Saúde. Tanto procedia e era verdadeira que a máscara oficial caiu em menos de 24 horas após a publicação da matéria.
O que os leitores do Ver-o-Fato verão a seguir são informações dando conta de que o governo do estado, a Sespa e a Pró-Saúde entraram em acordo, ontem, 9, para que os salários atrasados e o 13º dos trabalhadores que atuam em 4 hospitais sejam pagos imediatamente – à exceção do hospital de Santarém, onde a questão está judicializada.
Após reunião, o compromisso de pagar
De acordo com nota da Pró-Saúde, repassada após a reunião, houve “promessa de repasse de parte do custeio, vencido desde 15 de novembro, para que possa efetuar o pagamento de quase 4 mil colaboradores dos hospitais de Ananindeua (HMUE), Barcarena (HMIB) e Altamira (HRPT); o pagamento de Santarém (HRBA) será depositado em juízo”.
O compromisso consta em ata da reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 9, que contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Pará (Sespa), da Pró-Saúde, de sindicatos e de profissionais da saúde.
“Seguindo sua tradição e compromisso histórico, tão logo o recurso seja disponibilizado para a entidade, nos próximos dias, serão pagos os salários de novembro em atraso desde o quinto dia útil de dezembro, o salário proporcional de dezembro, além da primeira parcela do 13º salário – compromisso que já havia sido manifestado pela Pró-Saúde em ofício encaminhado ao Ministério Público do Trabalho”, continua a nota da OS..
A Pró-Saúde também “lamenta profundamente os conflitos que têm marcado o encerramento dos contratos, causando prejuízo para os funcionários que até agora não receberam o que têm direito”.
Sobre o argumento citado na reunião, do processo que tramita em Santarém, “é importante esclarecer que se refere exclusivamente ao hospital regional de Santarém, cujo contrato de gestão desta unidade se difere das demais, e tão logo a entidade seja notificada da decisão, se manifestará adequadamente no processo, apresentando sua defesa”.
Por fim, a Pró-Saúde também apresentou à Sespa “preocupação com prestadores de serviço, como os profissionais de radiologia, fisioterapia e médicos, entre outros, que também não receberam pagamentos. A Secretaria se comprometeu em avaliar o pedido da entidade nos próximos dias, para realizar o pagamento em janeiro e fevereiro”.
VEJA A ATA DA REUNIÃO