Moradores do Distrito Industrial, em Ananindeua, juntamente com os feirantes do bairro realizaram ontem um protesto pacífico, irônico e inovador: “comemoraram” os oito anos de abandono das obras do mercado. O evento contou com show do grupo Mayaná, de carimbó, e um bolo de aniversário (veja nos vídeos).
O mercado foi demolido em novembro de 2011, na gestão do então prefeito Helder Barbalho. Com a demolição, os feirantes foram remanejados para um galpão “provisório” sem a mínima estrutura de funcionamento e lá permanecem trabalhando até hoje.
A obra, inicialmente, segundo pesquisas no site da Caixa Econômica Federal foi orçada num montante de R$ 6,5 milhões. O prefeito Manoel Pioneiro (PSDB), em fevereiro deste ano, tentou inaugurar às pressas o mercado que ainda não estava concluído. Naquele mês, montaram palco, banda, discursos de políticos. Porém, como a jogada não colou, denominaram o evento de “visita técnica”.
Em maio deste ano, o município realizou um convênio com o governo do Estado no valor de R$ 1,5 milhão para concluir a obra, mas até agora ela não iniciou de fato. Enquanto isso, os feirantes foram ameaçados de despejo pelo suposto proprietário do galpão que, segundo ele, está há 25 meses sem receber aluguel.
Os feirantes e a população já começam a dizer que na tal obra – que nunca acaba – alguém enterrou uma caveira de burro. Será mesmo que existe alguma maldição no local?
Com a palavra, mais uma vez, o prefeito Pioneiro.
E, também, de quebra, o Ministério Público, fiscal da lei.
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