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Um governo perdido, desacreditado, sem apoio das ruas e até mesmo de sua base aliada no Congresso Nacional. Assim é o governo petista de Dilma Rousseff que, reeleita sob uma chuva de mentiras e promessas de recolocar o país nos trilhos, conseguiu em apenas oito meses aprofundar a crise econômica, retrair a produção, aumentar as taxas de juros e o desemprego. Resultado: sem crescimento e com direitos trabalhistas violados, estamos no mar revolto, passageiros de uma nau sem rumo.
Como isso não bastasse, ainda pairam sobre o governo a sombra da corrupção desbragada na Petrobrás e o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação do mandato da presidente por uso de dinheiro desviado da estatal do petróleo em sua campanha eleitoral de candidata à reeleição.
E o que esse governo oferece ao povo de propostas para combater a crise e exorcizar a recessão? Nada de interessante, mas muito de preocupante. Uma dessas ideias, verdadeira facada nas costas e no bolso de todos é a volta da famigerada CPMF, também conhecida por “imposto do cheque”. Do rico ao pobre, quem tem conta bancária pagaria 0,38% do tal imposto toda vez que tivesse de fazer um saque na boca do caixa, físico ou eletrônico.
A meta do governo, com essa ideia impopular, capaz de agitar ainda mais as ruas, seria arrecadar R$ 80 bilhões por ano com a cobrança da CPMF. E ela tem defensores tão cínicos quanto aguerridos, como o líder do governo na Câmara dos Deputados, o petista José Guimarães. Justamente ele, que ostenta como uma de suas principais marcas um mal explicado episódio em que seu assessor, José Adalberto Vieira foi encontrado com dinheiro escondido na cueca, em 2005.
Vieira foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 100.000 dólares na cueca, além de outros 209.000 reais guardados em uma maleta. O funcionário viajaria para Fortaleza, curral eleitoral de Guimarães, que também é irmão de José Genoíno, condenado no processo do mensalão. O dinheiro seria entregue a Guimarães, segundo apurou a Polícia Federal, mas o hoje líder do PT escapou do processo porque a Justiça entendeu que não havia como provar que o dinheiro seria para ele.
“A ideia do projeto da CPMF é minha, mas vou apresentá-la para que não pensem que é ideia do governo”, disse ontem Guimarães, com um sorriso debochado nos lábios. A reação de entidades ligadas a trabalhadores e ao próprio setor industrial foi imediata. Ninguém vai aceitar que a CPMF, disfarçada ou não de imposto de contribuição à saúde, volte empurrada goela abaixo de todos.
Nem Dilma, nem o Congresso Nacional, se atreveriam a tanto. Mexer no bolso de quem já está machucado pela crise seria cutucar a onça ferida com vara curta.
Vai encarar?
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