Depois do fenômeno climático que desabou sobre Belém, na noite desta quarta-feira (19), uma coisa nunca antes vista, como o próprio prefeito Edmilson Rodrigues destacou, somente na manhã desta quinta-feira (20) foi que a concessionária Equatorial restabeleceu o fornecimento de energia elétrica em alguns bairros, cujos moradores passaram a noite no escuro.
Também na manhã de hoje, equipes da prefeitura de Belém se empenharam na desobstrução de ruas, com a retirada dos galhos das árvores que caíram e na ordenação do trânsito nas principais vias do centro da cidade.
Equipes da Companhia de Saneamento do Pará trabalhavam na regularização do fornecimento de água, afetado pelo fenômeno. Uma das mangueiras que desabou durante o vendaval, cuja raiz foi arrancada totalmente, atingiu um cano de distribuição de água, no Centro.
Além de várias mangueiras e outras árvores, postes, fiações e semáforos foram derrubados pela ventania, bem como telhados de casas e placas de lojas. O vendaval causou estragos em vários pontos da capital paraense e deixou a população sem entender direito o que houve.
A Defesa Civil informou que não houve feridos e que os prejuízos foram materiais, pois alguns carros foram atingidos por árvores. Na Avenida Presidente Vargas, a queda de uma mangueira bloqueou o trânsito por várias horas.
Uma grande mangueira também caiu na Avenida Nazaré, entre Benjamin Constant e travessa Dr. Moraes, causando interrupção no fornecimento de energia. Já na Praça Waldemar Henrique, Bairro do Reduto, pelo menos cinco árvores foram ao chão. Uma delas caiu em cima de um veículo, com o motorista dentro. Por sorte, ela não ficou ferida e foi retirada do veículo por um motorista de ônibus que passava na hora.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas tentando se abrigar em lojas durante o forte vento. Residências tiveram os telhados danificados em bairros como Marco, Nazaré e Umarizal. Na Cidade Nova e em outras áreas da Região Metropolitana, a chuva, com ventania, relâmpagos e trovões ensurdecedores, foi definida por moradores como algo “assustador e apavorante”.
Na Praça dos Estivadores, em frente a Estação das Docas, o vento destruiu os tapumes de alumínio que protegiam as obras do Polo Gastronômico e algumas árvores da praça tiveram galhos quebrados.
Moradores chegaram a comentar que Belém havia sido afetada por um furacão ou um ciclone, devido à força dos ventos. A meteorologia não previu a pancada sobre a região.
Vai se repetir? Estamos preparados? Com a palavra, a natureza indomável e os governantes.