Após denúncias feitas pela ex-secretária executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, de que crianças recém-nascidas no Marajó estariam sendo sequestradas e estupradas, a Procuradoria da República enviou ofício nesta segunda-feira (10) ao órgão do governo federal solicitando informações sobre as graves acusações.
O ofício foi endereçado à atual secretária executiva do Ministério da Mulher, Tatiana Barbosa de Alvarenga, com solicitação de informações sobre os supostos crimes contra as crianças que Damares Alves, eleita senadora pelo PL, anunciou ter descoberto em visita ao Arquipélago do Marajó.
Procuradores da República pedem no ofício à secretaria que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Também pedem informações sobre quais providências o ministério tomou ao descobrir os casos e se houve representação (denúncia) ao Ministério Público ou à Polícia Civil.
O anúncio da ex-ministra, agora senadora Damares Alves, foi feito no sábado (8), durante discurso em uma igreja evangélica, em Goiânia. Segundo ela, crianças do Marajó são traficadas para o exterior e são submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
Ela afirmou, ainda, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos” e que no Ministério da Mulher há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas. Segundo Damares Alves, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
Ela disse ainda que crianças têm os dentes arrancados para que não mordam os estupradores durante sexo oral. Enfim, um festival de horrores que exige abertura de inquérito policial – se ainda não houve – e punição dura aos criminosos.
VEJA o VÌDEO COM A DENÚNCIA: