Mais de 400 pessoas, entre alunos, pais, professores e servidores públicos, participaram de uma passeata pelas ruas de Abaetetuba, na Região do Baixo Tocantins, na manhã desta terça-feira (06), protestando contra a paralisação das obras da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Benvinda Araújo Pontes, que foram iniciadas há quatro anos.
A passeata saiu da frente da escola e percorreu as principais ruas daquela cidade do Nordeste paraense, passando pelos prédios do Ministério Público do Estado e da Câmara Municipal, onde os manifestantes cobraram a intervenção da Promotoria e dos vereadores para tentar resolver a situação.
Portando faixas e cartazes dizendo que ninguém aguenta mais a situação e exigindo a conclusão das obras, com a instalação de uma central de ar refrigerado, devido ao calor insuportável nas dependências da escola, os manifestantes cobraram uma providência do governador e candidato à reeleição, Helder Barbalho (MDB), já que a secretária de Educação, Elieth Braga, não demonstra empenho em concluir as obras.
O último relatório de obras foi encaminhado pela direção da escola Benvinda Pontes à Seduc, no início deste mês de setembro, explicando as dificuldades encontradas por alunos, professores e servidores para desempenhar suas tarefas naquela unidade.
Relatório aponta as falhas nas obras
O relatório informa que a escola Benvinda de Araújo Pontes encontra-se em processo de reforma e ampliação, desde março de 2018. “No momento estamos trabalhando apenas em um bloco de salas de aulas, que nos foi entregue parcialmente, visto que ainda falta o acabamento de pintura, término do piso e refrigeração”, pontua o relatório.
Com relação aos dois outros blocos, estão com obras inacabadas e paralisadas desde outubro de 2020 e sem uso pela escola, com exceção das salas onde funcionam a parte administrativa, isso porque ainda não tiveram suas obras iniciadas.
“Temos consciência de que toda obra traz alguns transtornos, porém, a procrastinação exagerada desta reforma, que vai completar dois anos em 18 de outubro de 2022, nos tem causado prejuízos irreparáveis à aprendizagem dos alunos por conta das condições ambientais, como barulho, poeira, calor, falta de salas.
Muitos prazos já foram dados pelos representantes da empresa responsável pela interminável obra, mas nenhum cumprido e isso também é de conhecimento da 32ª Unidade Regional de Educação (URE).
Além do mais, segundo a comunidade escolar, o projeto de reforma atual, não está adequado às necessidades do Ensino Médio Integral, para o qual a escola foi selecionada posteriormente. “Dialogamos com a engenharia da empresa a fim de que vissem a possibilidade de reformulação do projeto para atender às necessidades do referido programa, porém, até o presente momento, não tivemos este pleito atendido”, aponta o relatório.
Para a escola atender as necessidades do programa, é preciso ter um refeitório para atender 700 alunos, banheiros com chuveiros para alunos e professores e sala para a coordenação pedagógica.
“Na oportunidade, solicitamos uma imediata intervenção de quem de direito no sentido de definir junto a empresa um cronograma definitivo para a entrega da escola”, completa o relatório.
VÍDEO DO PROTESTO