Sob a completa omissão de governos e desatenção do Ministério Público, Defensoria Pública e conselhos tutelares, a vida de quem é obrigado a conviver com a dependência química de alguém da família se transforma em um inferno.
Para algumas, em meio ao desespero de não encontrar uma saída, resta a medida extrema, que também atrai a indiferença social, de um lado, e a condenação pela atitude, de outro. Na verdade, só quem vive diretamente o problema é capaz de avaliá-lo.
Segundo matéria do portal Plantão 24 Horas News, em Altamira, no sudoeste do Pará, a vida da senhora Dayane Batista se resumiu a tentar salvar da filha de 16 anos. A adolescente acabou se perdendo no mundo das drogas. E a mãe, sem saber mais o que fazer, acorrentou e prendeu a filha na cama.
“A medida é pra impedir que ela saia de casa para usar drogas. Segundo informações, por causa do vício, a adolescente estaria recebendo ameaças de morte. A dependência química a fez entrar no mundo do crime, roubar e até ser apreendida, pelo menos, quatro vezes”, diz o portal, citando como fonte o jornalista Carlos Calaça.
Para piorar o drama da família, ainda de acordo com a matéria de Calaça, a adolescente é mãe de duas crianças: uma criada pela avó materna; a outra, pela família do pai. Seja como for, a jovem precisa ser internada com urgência em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos.
Diz a matéria que, algum tempo atrás, antes de entrar para essa vida, a adolescente chegou a pesar 100 quilos, hoje ela está magra e muito abatida. Quando não está sob o efeito das drogas, segundo a família, ela súplica por ajuda.
“A mãe da jovem diz, ainda, já ter procurado o Ministério Público e Conselho Tutelar, mas, até o momento, nada foi feito para ajudá-la. Dayane Batista, que é autônoma, além da filha de 16 anos e da neta, tem outros filhos pequenos e mora, de favor, em uma casinha no Bairro Mutirão”, salienta a reportagem.
Por fim, informa que para cuidar da filha, dona Dayane Batista está passando por outras dificuldades e pede para a população ajudá-la com roupas e alimentação. Se você quer ajuda a família, pode estar entrando em contato por este número: 991922720.
Isso, porém, não basta. E a adolescente amarrada e acorrentada na cama, precisando de ajuda para superar o vício, o que fazem o Estado e o Município de Altamira por ela? E os fiscal da lei, vai se mexer?
Esse não é um caso isolado. Há outros, às centenas, ou milhares, restritos aos ambientes do desespero familiar. Enquanto isso, organizações criminosas que dominam o Pará, com o tráfico de drogas, investem suas fúrias e armas para conquistar mais viciados.
E ganhar rios de dinheiro às custas da desgraça alheia. (Do Ver-O-Fato, com informações do portal Plantão 24 Horas News)