Beto Colombo comenta sobre o poder da terapia filosófica clínica na busca pelo bem-estar e para a segurança psicológica
O filósofo clínico, Beto Colombo, analisa que muita gente sabe muito sobre todos os assuntos, como economia, administração, engenharia, matemática , mas são exímios analfabetos quando a questão é conhecer a si mesmo.
Um exemplo disso, é quando temos um problema cardíaco, procuramos um cardiologista, quando temos um problema nos pés, vamos ao ortopedista e assim por diante. O especialista por sua vez, faz um questionamento, por que quando temos problemas existenciais relutamos tanto em ir a um psicoterapeuta? Porque poucos fazem terapia preventiva?
“Um filósofo clínico vai ajudar seu partilhante/paciente a encontrar um bem-estar existencial – é o que eu tenho visto e defendido no meu consultório”, garantiu. “Tenho visto pessoas estudando manuais para saber o funcionamento de máquinas e não sabem como eles funcionam”, conclui o filósofo.
A filosofia clínica é um método terapêutico que utiliza o saber filosófico desde os gregos até os dias de hoje. Sendo assim, cada filósofo defendeu sua tese a partir daquilo que ele acreditava. Beto Colombo comenta que alguns desses filósofos, possivelmente, não se deram conta de que aquilo em que eles acreditavam, funcionava para eles, e que, possivelmente, não se encaixava para todas as pessoas, tendo em vista que cada ser humano é único.
“Então chegamos à singularidade e, a abordagem da filosofia clínica, diante de uma pessoa , eu “só sei que nada sei”, sobre o “outro” que está diante de mim. Para nós, filósofos clínicos, o outro é sacralidade, é solo sagrado, e, sendo o outro sacralidade, para irmos ao mundo deles, precisamos tirar nossas sandálias, temos que nos despojar dos nossos pré-juízos de nossas verdades prontas e agendadas em nosso intelecto” afirma Colombo.
Beto que desde criança tinha aptidão epistemológica e, especialmente, para ser um cuidador, se dedica a ajudar pessoas que estão em busca de autoconhecimento. O especialista destaca que o processo do despertar é lento, mas que o bem-estar para algumas pessoas pode ser encontrado através da música, da arte, da literatura, do esporte e da ajuda terapêutica que são aliados na alfabetização existencial.
A filosofia que desde os gregos era uma prática terapêutica, aqui no Brasil é nova; nasceu no início dos anos 1990, mas vem crescendo ano a ano. Beto Colombo ressalta “a vontade de tornar essa metodologia conhecida mundialmente, como uma eficaz ferramenta quando falamos de segurança psicológica”, assegurou o filósofo clínico.