Acusado pelo assassinato da ex-mulher, Leila Maria Santos de Arruda, candidata à Prefeitura de Curralinho, no Arquipélago do Marajó, o autor do crime, Boaventura Dias Lima, o “Boa”, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pela juíza da 3ª Vara Criminal de Icoaraci, Cláudia Favacho, como garantia da ordem pública pela gravidade dos fatos.
A juíza homologou a prisão em flagrante por feminicídio de Boaventura Lima e a converteu em preventiva, durante audiência de custódia, realizada nesta segunda-feira (23).
Durante a audiência, o promotor de justiça Mauro Mendes se posicionou pela homologação do auto de prisão em flagrante e conversão da prisão em preventiva, pelo acusado demonstrar ser pessoa perigosa à sociedade.
O defensor público Francisco Vieira, se manifestou pela concessão de liberdade com aplicação de medidas cautelares diversas à prisão, especialmente o uso de tornozeleira eletrônica.
Boaventura Lima foi enquadrado pela Polícia Civil no crime de feminicídio, conforme o artigo 121, parágrafo 2º, incisos II, III, IV e VI e parágrafo 2º-A, inciso I, do Código Penal, qualificado pelo motivo fútil, por meio cruel (facadas), com recurso que dificultou a defesa da vítima. Agora, a Polícia Civil tem o prazo de dez dias para enviar o inquérito à justiça.
Ex-marido não aceitava separação
Candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Curralinho, a pedagoga Leila Arruda, tinha 49 anos. Ela foi morta a facadas na tarde de quinta-feira da semana passada, no bairro do Tenoné, em Belém, pelo ex-marido Boaventura Dias, conhecido por “Boa”. O motivo: ele não aceitava a separação e perseguia a ex-mulher havia três anos, tentando uma reconciliação.
O crime chocou e revoltou os vizinhos, conhecidos e principalmente parentes. Em áudios nas redes sociais, irmãs do assassino, em prantos, relataram que chegaram a pagar tratamento psicológico para Boaventura, um homem extremamente possessivo, que queria a mulher para ele a qualquer custo e o custo foi tirar a vida dela. “Ele tem que pagar pelo que fez”, disse uma das irmãs.
Familiares relataram que Leila Arruda foi morta com requintes de brutalidade e covardia na porta de casa. Ela não conseguiu se defender ou fugir do ex-marido. Leila fundou e era militante do Movimento de Mulheres Empreendedoras da Amazônia (Moema), filiou-se ao PT em Curralinho aos 20 anos e era formada em pedagogia.
Discussion about this post