A segunda-feira foi sangrenta na Região Carajás, no sudeste paraense, com o registro até o momento de dois homicídios e um feminicídio seguido de suicídio, nos municípios de Bom Jesus só Tocantins e Marabá, respectivamente.
No início da tarde, por volta de 12h30, populares encontraram os corpos de dois homens, embaixo da ponte do Rio Jacundá, na altura do Km 38, da Rodovia BR 222, em Bom Jesus do Tocantins. Os corpos estavam sem identificação e apresentavam perfurações de balas, o que indica que os dois podem ter sido executados no local.
O local onde os corpos estavam fica próximo da Reserva Indígena Mãe Maria, a cerca de 3 quilômetros da Vila São Raimundo, na zona rural de Bom Jesus. Segundo a Polícia Militar, os dois homens aparentavam ter aproximadamente 25 anos e foram mortos no local por disparos de arma de fogo na cabeça.
A Polícia Científica de Marabá foi acionada e uma equipe seguiu para o local para fazer a perícia e remover os corpos para exame de necropsia. A Polícia Civil iniciou as investigações sobre o caso, mas ainda não identificou as duas vítimas, nem tem informações sobre os assassinos.
Um dos jovens usava bermuda jeans preta e camisa azul clara e o outro, bermuda vermelha e camisa de manga longa verde escura.
Tragédia em casa
Na manhã de hoje (11), por volta de 11 horas, os corpos de Karine Conceição Silva e Rivaldo Borges Valadares foram encontrados pela Polícia Militar, dentro da casa onde os dois moravam, no Conjunto Residencial Magalhães, no Núcleo São Felix, em Marabá.
Conforme a PM, o homem matou a mulher a facadas e depois se enforcou com um fio elétrico. Karine estava ensanguentada na cama do casal com cortes profundos no tórax, enquanto o homem estava pendurado com um fio elétrico enrolado no pescoço e também tinha perfurações de faca no peito.
Os policiais encontraram dentro da casa a faca usada no crime e uma carta provavelmente deixada por Rivaldo Valadares, em que ele lamenta a vida que o casal levava e pede perdão pelo que fez. Também havia uma Bíblia ao lado do corpo da mulher.
Na parede do quarto também havia um pedido de perdão para a mãe dele, escrito com sangue. O homem usava tornozeleira eletrônica e respondia pelo crime de porte ilegal de arma. Vizinhos disseram aos policiais que os dois mantinham um relacionamento conturbado, de cerca de dois anos, e que as brigas do casal eram constantes.