A situação de segurança pública em Belém está se tornando cada vez mais crítica, especialmente para pequenos e médios empresários que enfrentam a ameaça constante do crime organizado. No último incidente registrado ontem, 30, uma empresa de internet no bairro do Guamá, o mais populoso da capital paraense, foi depredada por membros de uma facção criminosa.
O ataque foi flagrado por câmeras de segurança e mostra dois homens, aparentando ser integrantes da facção, utilizando martelos para destruir o vidro da porta da empresa. A ação ocorreu após a empresa se recusar a pagar a chamada “taxa do crime”, uma prática extorsiva comum em várias áreas da cidade. O ato de vandalismo gerou pânico entre os funcionários presentes no local, que estavam aterrorizados durante o ataque.
A Polícia Militar iniciou imediatamente uma operação na região após o incidente. Em uma das ações, um suspeito foi preso e, com ele, foram encontrados cerca de 2 kg de drogas. Outro envolvido no ataque já foi identificado pelas autoridades, mas permanece foragido.
Esse episódio ressalta o crescente poder das facções criminosas em Belém e coloca em evidência a falência do sistema de segurança pública. Os moradores e empresários, que pagam altos impostos em troca de segurança, estão cada vez mais desprotegidos frente às ações de grupos organizados que impõem suas próprias regras e “leis”.
O governo de Helder Barbalho, que tem sido amplamente criticado pela falta de medidas efetivas contra essas organizações, enfrenta uma pressão crescente para restaurar a ordem e garantir a segurança dos cidadãos.
Soluções urgentes e necessárias
A sensação de insegurança é agravada pela falta de uma presença policial eficaz e pela percepção de que o Estado não está conseguindo garantir o cumprimento da lei. Os altos impostos pagos pela população, que deveriam garantir segurança e ordem, estão sendo, cada vez mais, desconsiderados frente à falta de ação efetiva. Veja, abaixo, sugestões do Ver-o-Fato sobre o que precisa ser feito pelo Estado:
Reforço no policiamento e operações de inteligência: Torna-se necessário aumentar a presença policial em áreas mais afetadas pelo crime organizado. Investir em operações de inteligência para desmantelar as facções e prender líderes criminosos pode ajudar a enfraquecer o controle dessas organizações sobre a cidade.
Integração entre forças de segurança: A cooperação entre diferentes agências de segurança, como a Polícia Militar, Polícia Civil e as forças federais, é essencial para criar um esforço coordenado contra o crime organizado. A integração e o compartilhamento de informações são fundamentais para operações mais eficazes.
Apoio às vítimas e reforço da proteção aos empresários: Estabelecer mecanismos de proteção para empresários ameaçados e vítimas de extorsão é vital. Isso pode incluir a criação de linhas diretas de denúncia, proteção policial para aqueles em risco e suporte jurídico para enfrentar ameaças e crimes.
Política de prevenção e reabilitação: Investir em programas de prevenção ao crime, como educação e oportunidades de emprego para jovens em situação de vulnerabilidade, pode ajudar a diminuir a influência das facções. Programas de reabilitação para ex-detentos e membros de facções também são essenciais para reduzir a reincidência e ajudar na reintegração social.
Transparência erResponsabilização: A administração pública deve ser mais transparente em relação às ações e resultados das políticas de segurança. A responsabilização de gestores e autoridades é fundamental para garantir que as medidas estejam sendo efetivas e para restaurar a confiança da população nas instituições de segurança.
Em suma, o Estado e a administração pública precisam de uma abordagem mais robusta e coordenada para enfrentar a crise do crime organizado em Belém. Sem essas reformas e ações urgentes, a situação de insegurança continuará a crescer, colocando em risco a vida e a dignidade dos cidadãos e empresários da cidade.
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