No último domingo (18), milhares de candidatos enfrentaram as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), realizado em várias cidades do país. No entanto, o que deveria ser um dia de realização para muitos aspirantes a cargos públicos se transformou em uma onda de indignação nas redes sociais, principalmente devido a problemas relacionados à marcação de gabaritos e às regras do concurso.
Ao longo da aplicação das provas, que ocorreram nos turnos da manhã e da tarde, diversos candidatos relataram dificuldades na identificação correta do gabarito no cartão-resposta, um detalhe que poderia ser decisivo para sua eliminação. Candidatos reclamaram da falta de preparo de alguns fiscais de sala, apontando que a equipe contratada pela Fundação Cesgranrio, organizadora do concurso, não ofereceu orientações adequadas em determinados momentos.
Nas redes sociais, a controvérsia se intensificou. Muitos candidatos expressaram sua revolta com a possibilidade de que aqueles que cometeram erros na marcação do gabarito ou não seguiram as orientações do edital possam não ser eliminados. A medida, que estava claramente indicada tanto no edital quanto no caderno de provas e no cartão-resposta, divide opiniões.
Um ponto central das reclamações foi a exigência de marcar o tipo correto de prova no cartão-resposta. Conforme o edital, essa marcação é obrigatória, e o não cumprimento das instruções resulta em eliminação imediata. Apesar de as regras estarem descritas com clareza nos itens 8.12 e 8.13 do documento oficial, alguns candidatos não seguiram as orientações, gerando uma onda de discussões online.
“Se alguém não lê o edital, o caderno de provas e ainda assim não é eliminado, qual o sentido das regras?”, questionou um candidato nas redes. Outro participante comentou: “É frustrante saber que tantos de nós seguiram tudo à risca, enquanto outros, que não prestaram atenção, podem acabar não sendo punidos.”
Por outro lado, há candidatos que acreditam que a situação merece uma avaliação mais cuidadosa. Para alguns, pequenos erros na marcação do gabarito poderiam ser reconsiderados, desde que não comprometessem a lisura do concurso. “Erros humanos acontecem. Se o desempenho do candidato foi bom, eliminar por um detalhe pode ser um exagero”, ponderou uma candidata.
No entanto, fontes ligadas ao governo informaram que está sendo considerada a eliminação dos candidatos que não marcaram corretamente o gabarito conforme o tipo de prova correspondente. Até o momento, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) não emitiu um posicionamento oficial sobre o número de pessoas afetadas ou sobre como serão tratadas as falhas dos candidatos.
A controvérsia se dá em um contexto de alta competitividade, já que as provas cobraram conhecimento rigoroso dos candidatos. No período da manhã, os inscritos nos blocos de nível superior enfrentaram questões objetivas e uma questão dissertativa sobre temas complexos como Estatuto da Cidade e Déficit Fiscal. Os candidatos de nível médio, por sua vez, tiveram que responder a uma redação sobre a importância da educação para a redução das desigualdades.
O caso continua gerando discussões, tanto sobre a organização do concurso quanto sobre a responsabilidade dos próprios candidatos em seguir as regras estabelecidas. A decisão final sobre a possível eliminação dos que cometeram erros ainda está em análise, mas, enquanto isso, a indignação cresce nas redes, refletindo a pressão e a expectativa em torno de um dos concursos mais aguardados do ano.
Temas Abordados nas Questões Dissertativas
- Bloco 1: Estatuto da Cidade
- Bloco 2: SQL e dados
- Bloco 3: Política Nacional sobre Mudança do Clima
- Bloco 4: Proteção dos Direitos Trabalhistas da Gestante
- Bloco 5: Povos Indígenas
- Bloco 6: Déficit e Responsabilidade Fiscal
- Bloco 7: Sistema Prisional e Saúde dos Detentos
- Bloco 8: Educação e Progresso Científico e Tecnológico para Redução das Desigualdades
A expectativa agora gira em torno do desfecho que o MGI dará a essas questões, com muitos candidatos aguardando ansiosamente por um esclarecimento oficial.
Atualização:
Através de nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos confirmou que os candidatos que não preencheram corretamente o cartão resposta serão eliminados.Veja:
“Em relação às pessoas que não preencheram toda a identificação do cartão de respostas, o Ministério da Gestão informa que, após consulta à banca aplicadora e consulta jurídica, definiu que, em respeito ao edital, ocorrerá a eliminação dos candidatos“, informou o ministério.