Os chineses, sejam empresários ou pesquisadores, estão apostando realmente no potencial produtivo do Estado do Pará. Nesta sexta-feira, 31, pela manhã, será celebrada em Belém a assinatura do Termo de Cooperação entre a Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, a Universidade de Hohai ( China ) e a Zhuhai Sino-LAC Supply Chain Co. LTD.
Estudos e pesquisas conjuntos de ambas as universidades no desenvolvimento de biofertilizantes tem como objetivo a aplicação nas diversas culturas cultivadas em solos paraenses, como soja, milho, açaí, cacau, etc. Além disso há projeto de recuperação de áreas degradadas no estado para aumentar o potencial produtivo.
A empresa chinesa Sino-Lac é a custeadora do Programa de Mútua Cooperação entre as universidades chinesa e brasileira. Os investimentos em pesquisa devem alcançar R$ 10 milhões e no planejamento está prevista a ampliação de parcerias científicas e comerciais.
Há também o interesse dos chineses na área de psicultura, criação de ostras perlíferas, além de estudos para investimento em infraestrutura. O foco específico deles nesse programa junto à Universidade Federal Rural da Amazônia é fortalecer a cadeia produtiva paraense, diminuindo custo e aumentando a oferta de proteínas vegetais e animais. É o que a China tanto deseja e precisa: comida nos pratos dos chineses.
Inclusive o Ceo da Sino-Lac, Lio Yaun, encontrou-se segunda-feira em Pequim com o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil Carlos Fávaro, além do diplomata e assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Murilo Komniski.
Lio Yaun teve a oportunidade de apresentar os projetos e interesses da Sino-Lac em estreitar os laços culturais e comerciais com o Brasil, e em especial com Amazônia Legal, tendo o Pará como foco principal.
A sede da Sino-Lac é na cidade de Zhuhai, Província de Guangdong. Essa Província produz 1/3 de toda a produção industrial da China. A Província chinesa tem 100 milhões de habitantes e o melhor poder aquisitivo do país asiático.