Margem de canais, ruas e avenidas: Belém tomada pelo lixo |
A prefeitura deve cerca de R$ 15 milhões, acusa a empresa, explicando que os atrasos contabilizados se referem a outubro, novembro e dezembro de 2017, e também a outubro e novembro de 2018. Pior é que a prefeitura já fechou a folha de dezembro, mas não acena se pagará o mês que finda. Ou seja, 6 meses de calote. O colapso no serviço está desenhado e pronto para virar realidade.
Quem trabalha quer receber. Veja o que diz Jean Nunes, um dos donos da empresa: “não tivemos como pagar a segunda parcela do 13º salário dos trabalhadores e os caçambeiros também não receberam nada desses cinco meses. A situação está insustentável e podemos parar o trabalho a qualquer momento”.
Segundo Nunes, a cada dia menos carros de coleta saem para realizar o trabalho, o que causa o acúmulo de lixo. “Não há mais como manter o serviço. A tendência é que até o final do ano os carros parem completamente. Os trabalhadores estão revoltados. Como trabalhar sem receber? Como financiar o trabalho de 850 pessoas sem receber? São quase 200 mil litros de diesel por mês para manter o serviço, que é feito 24 horas por dia 7 dias por semana”, contabiliza o empresário.
Outro lado
A Comus informou que havia repassado o e-mail para a Secretaria de Saneamento (Sesan), que iria responder aos questionamentos do blogue. A Sesan enviou nota ao Ver-o-Fato, por volta das 7 da noite de hoje. Veja a íntegra da nota:
“A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) informa que os valores referentes à primeira quinzena do mês de outubro já foram pagos para a empresa BA Meio Ambiente, e a segunda quinzena será quitada no início de Janeiro. A PMB esclarece que o contrato firmado com a empresa prevê que o pagamento pode ser feito em até 90 dias, estando, portanto, dentro do prazo determinado.
Equipes da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) estão atuando para identificar onde ocorreu atraso de coleta para notificar a empresa pela falha na prestação do serviço. Sobre a redução do número de caçambas apontada pela direção da empresa, o fato, em si, tem gerado problemas de coleta, o que justifica as medidas administrativas adotadas para notificar a empresa.
Como a programação de pagamento já foi feita, a PMB espera que a empresa retome imediatamente os serviços na sua totalidade, para não prejudicar ainda mais a atividade de limpeza urbana, essencial para toda a cidade”.
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