Federações da Indústria se unem para destacar potencial da região e propor medidas responsáveis
Um manifesto conjunto da Ação Pró-Amazônia e da Associação Nordeste Forte, que representam as Federações das Indústrias de 13 estados brasileiros, defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.
O documento, lançado nesta quinta-feira (02), ressalta o potencial da descoberta de até 25 bilhões de barris de petróleo para impulsionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país, desde que realizada de forma planejada, consciente e responsável.
As entidades signatárias argumentam que a exploração do petróleo na Margem Equatorial pode consolidar a posição do Brasil no cenário internacional, gerar renda e melhorar a qualidade de vida da população, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, historicamente marcadas pela desigualdade.
Estudos e Transparência
O manifesto defende a realização de estudos aprofundados e transparentes para verificar a presença, volume real e potencial comercial do petróleo. Reconhecendo a resistência de alguns setores à iniciativa, as entidades afirmam que a sociedade tem o direito de conhecer a riqueza do país e que o Brasil não pode se dar ao luxo de ignorar essa oportunidade.
Exemplo de Países Vizinhos
O documento cita o caso de países vizinhos como Guiana, Guiana Francesa e Suriname, que iniciaram estudos semelhantes na última década e hoje colhem os frutos desse investimento. A Guiana, por exemplo, se destacou como o país que mais cresceu no mundo em 2023, com um aumento de 38% em sua economia, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Impacto Econômico e Social
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a exploração de um único bloco por Estado na Margem Equatorial, com capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo por dia, pode gerar um acréscimo de R$ 65 bilhões no PIB, R$ 3,87 bilhões em tributos indiretos, R$ 4,32 bilhões em royalties e mais de 326 mil empregos formais. Ao todo, a região possui 42 blocos petrolíferos.
Perda de Receita e Desenvolvimento Social
Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia estima que o Brasil deixará de arrecadar R$ 3,7 trilhões até 2055 se não explorar novos campos de petróleo. As entidades signatárias questionam se o país pode se permitir abrir mão dessa receita, que pode ser utilizada para financiar o desenvolvimento social, especialmente em municípios com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) na Margem Equatorial.
Financiando a Transição Energética
O manifesto destaca que a riqueza proveniente da exploração do petróleo pode financiar a tão sonhada transição energética do Brasil para fontes limpas e renováveis. Enquanto a viabilidade industrial e econômica de combustíveis mais sustentáveis, como o hidrogênio verde, ainda está em desenvolvimento, é fundamental aproveitar os recursos disponíveis no país para garantir a segurança energética e o desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento Sustentável e Direitos Humanos
As entidades signatárias reforçam a convicção de que é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação da natureza e o respeito aos direitos humanos. Elas se comprometem a contribuir para que a Amazônia Legal seja um exemplo de sustentabilidade e prosperidade, beneficiando as gerações presentes e futuras.
Compromisso com o Futuro
Unidas em torno desses princípios, as entidades signatárias reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento industrial consciente e com a construção de um futuro melhor para todos que habitam as regiões da Margem Equatorial. O manifesto convida a sociedade brasileira a se unir nessa luta por um Brasil mais próspero e sustentável.
Associações Signatárias:
- Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC)
- Federação das Indústrias do Estado do Amapá (FIEAP)
- Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM)
- Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA)
- Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT)
- Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA)
- Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO)
- Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER)
- Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO)
- Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)
- Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA)
- Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI)
- Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN)















