Uma tragédia abalou a Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, nesta segunda-feira (6), quando o secretário-adjunto de Segurança, Adilson Custódio Moreira, foi morto a tiros por um guarda civil municipal (GCM). O incidente ocorreu no início da tarde durante uma reunião no Paço Municipal e gerou comoção entre autoridades e funcionários.
De acordo com informações apuradas, Adilson conduzia uma reunião com guardas municipais. Após o término, ele se dispôs a atender individualmente aqueles que quisessem conversar. Um dos guardas permaneceu na sala e, momentos depois, tiros foram ouvidos. O autor dos disparos teria trancado a porta, impedindo a entrada de outros funcionários, que só entenderam a gravidade da situação quando a vítima foi confirmada morta no local.
O guarda responsável pelo crime se refugiou em uma das salas da prefeitura e ficou isolado por horas. Ele se entregou às autoridades por volta das 19h30, após negociações conduzidas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). O acusado foi levado sob custódia em uma viatura.
História e legado da vítima
Adilson Custódio Moreira, de 52 anos, nasceu em Jequitinhonha, Minas Gerais, e mudou-se para o interior de São Paulo ainda na infância. Em 1988, chegou a Osasco, onde trabalhou como empresário até ingressar na Guarda Civil Municipal em 1992, após aprovação em concurso público. Durante a carreira, conquistou a distinção de classe por meio de avaliações internas e, mais recentemente, assumiu o cargo de secretário-adjunto de Segurança.
A notícia da morte de Adilson gerou manifestações de pesar. O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, afirmou nas redes sociais que está acompanhando o caso de perto. O ex-prefeito Rogério Lins também lamentou: “Moreira foi um grande combatente, mas, principalmente, um amigo. Ele lutou por melhorias para a GCM. Vá em paz, meu irmão!”
Comoção e medidas no local
Após o incidente, os corredores do Paço Municipal foram interditados para que equipes das polícias Civil, Militar e da própria Guarda Civil Municipal atuassem na área. Funcionários foram liberados, muitos deles deixando o prédio em estado de choque e às lágrimas.
Não houve a participação de civis no ocorrido, mas o clima de luto e perplexidade tomou conta da cidade. Autoridades investigam as circunstâncias do crime, que evidenciou tensões internas e deixou uma lacuna significativa na gestão da segurança municipal.
Com infromações de CNN e Metrópoles