Ela saiu do Pará e foi atuar no crime em Santa Catarina, onde foi presa durante operação policial. Com iniciais G.S.O, ela é conhecida no submundo da criminalidade como “C34” ou ainda “Samantha”. A mulher compõe o núcleo financeiro de uma das maiores organizações criminosas que assolam o nosso país e estava escondida em Blumenau, naquele estado sulista.
A operação de captura da criminosa teve a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do Pará (Gaeco), Polícia Civil do Pará, por meio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), além da Polícia Civil de Santa Catarina, setor da Divisão de Investigação Criminal de Blumenau e diretoria de inteligência.
O mandado de prisão preventiva de “C34”, ou ‘Samantha” decorre de uma investigação promovida pelo Gaeco paraense, no âmbito da Operação Jerônimo, que já tirou de circulação doze integrantes de organização criminosa que ocupavam cargos de relevância no âmbito do grupo criminoso ao qual são vinculados.
A ordem foi expedida pela Vara de Combate ao Crime Organizado do Estado do Pará, pelo crime de integrar organização criminosa, previsto no artigo 2°, da Lei 12.850/2013. A presa foi conduzida para Divisão de Investigação Criminal de Blumenau, onde foram realizados os procedimentos de praxe.
Bandidos da pesada
Ocorrida em outros quatro estados – Rio Grande do Sul, São Paulo Pará e Paraná -além de Santa Catarina, a operação apreendeu um helicóptero de mais de R$ 2 milhões, ação esta da Polícia Civil de Santa Catarina, nesta quinta-feira (7). Segundo as investigações, a aeronave seria da organização criminosa suspeita de integrar um esquema de lavagem de dinheiro e foi adquirida por meio do tráfico de drogas. Carros de luxo e imóveis também foram recolhidos durante a ação.
O helicóptero Robinson R44ll foi encontrado em um hangar particular em Osasco, São Paulo. De acordo com o delegado Jeferson Prado, da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Dlav/DEIC), o valor da aeronave foi considerado em uma análise preliminar. Agora, uma nova vistoria será feita para identificar quanto ela custa de fato.
A ação é um desdobramento da Operação Cifra Oculta, deflagrada na terça-feira (5). A investigação apurou um esquema de lavagem de dinheiro decorrente de diversos crimes, principalmente o tráfico de drogas. O grupo usava pessoas como laranjas para movimentar criptomoedas e contas bancárias, além de utilizar empresas fantasmas e pessoas jurídicas para a mescla de valores e dissimulação de lucros e dividendos. Também eram adquiridos bens de luxo.
Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina e outros quatro estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Pará. Além disso, houve o sequestro de 24 veículos de luxo — como Mercedes, BMW e Range Rover — imóveis, saldos em contas bancárias e cerca de R$ 50 milhões em criptomoedas.
VEJA O HELICÓPTERO APREENDIDO: