O Ver-o-Fato mostrou o caso do pedreiro Antônio Ivanildo Queiroz, de 45 anos, que morreu após uma ação policial na casa dele, no bairro do Tapanã. A família denuncia que ele foi torturado com um saco plástico e spray de pimenta, antes de morrer, após uma guarnição o acusar de ter drogas escondidas no imóvel.
“Vou determinar a apuração do fato. Gostaria que os familiares procurassem a promotoria militar, pois a depender da situação, poderei instaurar um procedimento investigatório criminal em vez de IPM (inquérito policial militar)”, disse o promotor militar Armando Brasil ao Ver-o-Fato na manhã deste domingo (29). De acordo com Brasil, caso configure tortura seguida de morte, a competência é da justiça militar. Mas caso configure homicídio, a competência e da justiça comum.
Antes do enterro de Antônio, nesta manhã, familiares, amigos e vizinhos fizeram uma manifestação na Rodovia do Tapanã. Seguindo o carro da funerária, que transportava o caixão da vítima, com faixas, buzinaço e gritos por justiça, os manifestantes pedem que o caso não fique impune. A vítima foi enterrada no cemitério do Tapanã.
A viúva e familiares de Antônio estão com medo dos policiais militares, pois a esposa de Antônio foi agredida com um soco no rosto por um PM, após reclamar da maneira como eles tratavam o marido dela. O promotor militar informou que poderá ele próprio abrir inquérito contra os militares.
Veja as imagens da manifestação: