A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de Jadson Pires, que ocorreu após ser imobilizado e agredido por agentes da ViaMobilidade e um guarda civil à paisana na estação Carapicuíba, da Linha 8-Diamante, na Grande São Paulo. O caso, registrado no dia 11 de novembro, veio a público nesta terça-feira (3), quando imagens das câmeras de segurança foram divulgadas.
Nas gravações, Jadson aparece visivelmente desorientado próximo às catracas da estação. Ele tenta passar por baixo do equipamento, mas é derrubado por um agente e chuta do por um homem identificado como guarda civil municipal (GCM) que estava à paisana. Em seguida, os seguranças da ViaMobilidade arrastam a vítima pelos pés para dentro da estação, onde ele é imobilizado de forma violenta.
Em outro momento, as imagens mostram que Jadson perdeu a consciência. Os agentes tentaram reanimá-lo com massagem cardíaca até a chegada do SAMU, que o levou ao hospital. No entanto, ele não resistiu.
Inicialmente, o caso foi registrado como morte súbita sem causa determinante aparente e morte acidental no 1º Distrito Policial de Carapicuíba. Porém, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Osasco indicou que a causa da morte foi asfixia mecânica provocada por esganadura.
Respostas e investigações
A ViaMobilidade afirmou, em nota, que lamenta a morte de Jadson e condena qualquer forma de violência. A concessionária informou ainda que abriu uma sindicância interna e afastou os agentes envolvidos.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que as imagens do circuito interno foram analisadas e que os envolvidos foram intimados para novos depoimentos. A pasta destacou que o registro inicial da ocorrência poderá ser alterado com base em novas evidências.
De acordo com a ViaMobilidade, Jadson estava agitado e desorientado, não obedecendo às orientações dos agentes. A concessionária também ressaltou que o guarda civil à paisana, que aparece no vídeo chutando o homem, não fazia parte de sua equipe operacional.
O caso segue em investigação para apurar as responsabilidades pela morte de Jadson.
Com informações de CNN e G1