O vazamento de um vídeo íntimo envolvendo o prefeito e candidato à reeleição de Minaçu, no estado de Goiás, Carlos Alberto Leréia (PSDB), tornou-se um dos temas mais comentados da campanha eleitoral local. No vídeo, o prefeito aparece em um momento íntimo com duas mulheres, e a gravação, aparentemente feita sem seu consentimento, repercutiu amplamente entre os eleitores e adversários políticos.
A polêmica ganhou ainda mais força durante um debate, quando o principal oponente de Leréia, Roger Seabra (União), questionou diretamente o prefeito sobre o conteúdo do vídeo e sua postura como chefe do Executivo. Em resposta, Leréia demonstrou indignação: “O que vocês estão fazendo comigo, não se faz com um ser humano. O que vocês estão fazendo comigo, cria vergonha na cara!”, afirmou ele, ao tentar redirecionar o foco do debate para temas como transporte, saúde e educação, considerados mais relevantes para a gestão pública.
A origem do vídeo e o momento em que foi gravado permanecem incertos, mas o impacto político é inegável. Leréia, que já ocupou cargos como deputado estadual, federal, e secretário de Estado em Goiás, além de ser o atual prefeito de Minaçu, enfrenta agora críticas sobre sua conduta pessoal, levantando questões sobre sua aptidão para o cargo.
O vídeo, que possui 7 minutos e 11 segundos de duração, foi submetido à perícia pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica de Goiás. O laudo emitido no dia 28 de agosto confirma que não há indícios de edição na filmagem. Segundo o documento, as imagens mostram um homem de cabelos grisalhos, identificado como o prefeito, em interação íntima com duas mulheres, com quem ele inicia atos sexuais. A gravação foi aparentemente feita por um celular, posicionado de forma discreta sob um móvel, o que levanta a hipótese de que Leréia não sabia estar sendo filmado.
O laudo também descreve o ambiente como um local sem características de repartição pública, mas não revela detalhes suficientes para identificar onde o vídeo foi gravado. A controvérsia agora se divide entre aqueles que questionam o impacto do caso na campanha eleitoral e os que defendem que a vida pessoal do prefeito não deveria interferir no pleito.
O vazamento levanta discussões sobre privacidade e ética na política, com Leréia tentando direcionar o debate para as questões administrativas, enquanto a oposição explora a situação para questionar sua postura como gestor público. A repercussão deve continuar a influenciar o cenário eleitoral em Minaçu até a votação.