Alvo de ameaças de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Santa Catarina, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em nota divulgada pelo seu gabinete que a “democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas”.
O magistrado jantava com amigos em um restaurante em Porto Belo (SC) quando começou a ser alvo de ataques verbais de bolsonaristas que participavam dos bloqueios de estradas e rodovias.
“O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, diz o texto divulgado pelo STF. “A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas”, prossegue.
Segundo a nota, Barroso se retirou do restaurante assim que começaram os xingamentos, mas foi seguido até a casa em que se hospedava pelo grupo de bolsonaristas. Os seguranças do ministro identificaram que os manifestantes passaram a convocar outras pessoas para se juntar ao movimento “fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes”.
Ainda segundo as informações do STF, a manifestação ameaçou “fugir ao controle e tornar-se violenta”. A equipe de segurança do ministro cogitou acionar a Polícia Militar de Santa Catarina, mas o ministro preferiu se retirar do local para evitar o incomodo aos vizinhos. Segundo o STF, Barroso sequer chegou a encontrar os manifestantes e não houve registros de ataques ou danos ao patrimônio.
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