Um pescador encontrou os corpos de cinco jovens na tarde desta quarta-feira, 15, sendo uma mulher e quatro homens, no meio de uma mata fechada, próximo da Estrada de Ferro Carajás, bairro Vila Nova, em Parauapebas, região sudeste do Pará.
A mulher foi identificada como Thawanne Dias de Jesus, de 22 anos. Os homens são Jefferson Santos de Andrade, Antônio Carlos Chaves Sousa, Felipe Silva de Carvalho e Marcos Antônio de Oliveira Andrade. Todos foram receberam várias disparos de arma de fogo. A suspeita é de que a chacina pode ter sido fruto de uma disputa entre os integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), facções que estariam disputando território na região.
Segundo familiares, os jovens teriam sido vistos pela última vez na madrugada de segunda-feira, 13, por volta das 4 horas. Câmeras de segurança mostram eles entrando em uma caminhonete S-10, sendo esta a última imagem dos cinco jovens vivos. A cena deles mortos teria deixado até os policiais chocados pela brutalidade.
Na verdade, esses dois grupos criminosos há pelo menos dois anos desafiam as autoridades da segurança pública no Pará, impondo seus métodos de inaudita violência, que consiste em castigos físicos, tortura e, por fim, execuções sumárias. Esses bandidos agem à sombra da impunidade.
Em 2019, um vídeo circulou pela região. Nele, um bandido, com o rosto encoberto anuncia a chegada do Primeiro Comando da Capital (PCC) a Parauapebas. “Nossa luta é contra a opressão, e esses do Comando Vermelho vão morrer se nós ‘pegá’ na pista.’Vamomatá’. É tudo nosso. ‘Nós mata’. Corre mesmo que o Primeiro Comando da Capital chegou”, resumia a filmagem.
Na gravação, aparecem duas pessoas encapuzadas e armadas com dois revólveres – e vozes de mulheres também são ouvidas. O principal autor da mensagem porta um revólver prateado e aperta o gatilho várias vezes durante as ameaças. A arma está com o tambor descarregado.
Na época, para não demonstrar fragilidade diante do crime organizado, a polícia disse que o vídeo não procedia.