A Tuna Luso Brasileira começou o ano enfrentando a desconfiança dos torcedores paraenses e a falta de recursos, mas com muito esforço e dedicação de seus dirigentes, montou um time unido e forte, driblou as dificuldades e chegou à final do Campeonato Paraense de Futebol de 2021, com grandes chances de conquistar o seu 11º título estadual.
Neste domingo (16), a Águia Guerreira enfrenta o Paysandu em seu estádio, Francisco Vasques, no bairro do Souza, no primeiro jogo da grande decisão do Parazão. A equipe entra em campo com o melhor ataque da competição e depois de ter derrotado nos pênaltis o até então invicto Clube do Remo.
Independente do resultado do campeonato, a Tuna já sai no lucro, uma vez que conquistou uma vaga na Copa do Brasil de 2022 e outra na série D do próximo ano. Por outro lado, ao final da competição estadual, a Lusa vai ficar sem calendário para o restante do ano e o jeito vai ser desmanchar o time.
Na avaliação de beneméritos, a receita do sucesso deste ano foi a união dos grupos adversários internos em torno da presidente, a professora Graciete Maués (foto acima), que ensinou como se faz uma gestão competente, mesmo com poucos recursos financeiros. Ela, que por muitos anos foi diretora social do clube, aglutinou forças e delegou poderes aos outros setores.
Especificamente no futebol, o diretor Éder Pisco montou a comissão técnica sob o comando do treinador Robson Melo e contratou jogadores dentro da realidade do clube, sendo a maioria paraense. A folha de pagamento atual da Tuna é de R$ 125 mil, paga com a ajuda dos patrocinadores.
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Hoje é só alegria, mas no início foi um sufoco para conseguir dinheiro. Os beneméritos Marcos Moraes de Lima e Salatiel Campos lembram que mobilizaram os sócios, promovendo até uma feijoada para arrecadar verba. “Não foi muito, mas conseguimos um bom dinheiro para ajudar o clube”, recorda Marcos Moraes, que também já foi presidente da Tuna.
Também houve ajuda financeira da Associação dos Torcedores e Amigos da Tuna, que promoveu uma vaquinha para arrecadar dinheiro. Assim, a união fez a força e a Tuna voltou ao seu lugar de destaque no cenário do futebol paraense, aliás, lugar de onde nunca deveria ter saído.
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