Na manhã desta quinta-feira, 9, houve confusão durante um ato de sindicatos representantes de professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estão de greve desde a última segunda-feira, 6. As informações dizem que os manifestantes estavam impedindo a entrada na Escola de Aplicação da UFPA, localizada na Avenida Perimetral, em Belém.
Nessa ocasião, um professor identificado como Walter Silva Júnior teria se revoltado e, com um martelo, tentou quebrar o cadeado colocado no portão. Imagens mostram que ele pulou o muro para furar o bloqueio dos grevistas.
O professor, que já teria sido diretor do local, é contrário a manifestação e, em vídeo gravado no local, aparece discutindo com os manifestantes. Ele argumenta que os grevistas defendem interesses próprios e não, como diz um manifestante com quem discute, a educação pública.
Durante a confusão ele acusa o sindicato de ter apoiado o impeachment da ex presidente Dilma Rousseff, em 2016. Em outra imagem é possível ver outro homem agredindo um manifestantes durante a tentativa de entrar no prédio, enquanto discutem de maneira ríspida.
A greve dos professores da UFPA reivindica aumento para categoria, bem como crítica o corte de verbas para a instituição. Porém, a greve não teria tido adesão maciça e casos de confusões com professores foram registrados desde o início da paralisação.
Por outro lado, a Associação dos Docentes da UFPA informou que 90% dos professores aderiram ao movimento em Belém e mais cinco cidades do interior do estado.
Nesta última quarta-feira, 8, a categoria dos técnicos administrativos da instituição aprovaram uma greve que terá início a partir da segunda-feira, 13, mas já realiza paralisação hoje, 9, se somando aos professores em mobilização que está ocorrendo na frente do Mercado de São Brás, em Belém.
Veja o vídeo:
ATUALIZAÇÃO – NOTA À IMPRENSA
“A Direção da Escola de Aplicação da UFPA informa que nesta quinta-feira, 9 de junho, houve registro do fechamento do portão principal da escola, o que gerou um desentendimento entre servidores que desejavam entrar no espaço escolar, sendo logo contornado, permitindo o acesso da comunidade escolar.
Ratificamos que este ocorrido foi um ato isolado por parte dos envolvidos e que a gestão da Escola de Aplicação respeita o direito de livre manifestação dos servidores, de forma respeitosa, democrática e plural.”