Uma tragédia que se prolonga em Marabá. É assim que a população daquela cidade da Região Carajás, sudeste paraense, avalia o sumiço da garota Isabela, de 10 anos, filha de Gleiciane Lima Rabelo Amaral, de 32 anos, cujo corpo foi encontrado em decomposição, ontem (12), na quitinete onde morava com o marido, na Folha 16, na Nova Marabá.
A menina foi levada pelo padrasto, o técnico eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Eliezer Almeida Amaral, de 30 anos, suspeito de matar a mulher, há mais de duas semanas, e desde então ela não foi mais vista. O padrasto dela se jogou embaixo de um caminhão, após saber que o corpo da mulher havia sido encontrado.
A população local foi mobilizada pela Polícia Civil na busca pela garota, inclusive com o compartilhamento de um cartaz com a foto dela nas redes sociais. O pai biológico da garota, Ademar Souza Mendes, morador de Parauapebas, prestou depoimento na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente e disse que a menina não tem parentes em Marabá, assim com a mãe dela.
Segundo o pai da menina, ele permitiu que ela morasse com a mãe, porque não imaginava que a tragédia fosse ocorrer, uma vez que o técnico eleitoral não demonstrava agressividade e tratava a menina bem.
A maior preocupação dos moradores é que a garota também tenha sido morta pelo suspeito, que deveria estar sob forte emoção. O superintendente regional da Polícia Civil, Vinícius Cardoso, informou que a criança foi vista pela última vez no Dia das Mães, domingo (8), e que o padrasto dela se hospedou em um hotel da cidade, sozinho, na segunda-feira (9).