Na manhã de quarta-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que o homem suspeito de realizar um ataque mortal em Nova Orleans havia publicado vídeos nas redes sociais poucas horas antes do crime, nos quais afirmava ter se “inspirado” no Estado Islâmico (EI). O ataque, que ocorreu durante as celebrações de Ano Novo, resultou na morte de pelo menos 15 pessoas, além de vários feridos.
O criminoso, identificado como um ex-militar de 42 anos natural do Texas, usou uma caminhonete para atropelar a multidão que comemorava a chegada de 2025. A tragédia provocou um verdadeiro caos na cidade, deixando a população em choque e as autoridades locais em alerta. Durante a coletiva, Biden revelou detalhes sobre a investigação em curso, confirmando que o suspeito havia sido encontrado morto após troca de tiros com a polícia.
Identificação do agressor
O FBI identificou o autor do atentado como um ex-militar que atuou por dez anos como especialista em informática no Exército dos Estados Unidos. De acordo com as investigações, o homem havia se mudado para Houston, no Texas, onde trabalhava como corretor de imóveis. Além disso, uma bandeira do Estado Islâmico foi encontrada dentro do veículo utilizado no ataque.
“O FBI também me informou que, poucas horas antes do atentado, ele publicou vídeos nas redes sociais nos quais indicava estar inspirado pelo EI”, afirmou o presidente Biden. O agressor, que foi descrito como “desesperado para provocar um massacre”, seguiu a mesma linha de outros atentados de inspiração terrorista, sendo o mais recente um exemplo claro de como grupos como o Estado Islâmico ainda exercem influência sobre indivíduos ao redor do mundo.
Ação da polícia e repercussão do atentado
Após a ação criminosa, o suspeito foi confrontado pela polícia. Segundo Anne Kirkpatrick, superintendente da polícia de Nova Orleans, o homem disparou contra os policiais após colidir com o veículo em uma tentativa de fuga. “Dois policiais foram baleados. Eles estão em estado estável”, afirmou Kirkpatrick, destacando o alto grau de violência que o criminoso demonstrou durante o ataque. “Ele tentou atropelar o maior número de pessoas possível”, completou a autoridade.
A agente do FBI, Alethea Duncan, também participou da coletiva de imprensa e confirmou a suspeita de que o autor do atentado não tenha agido sozinho. Segundo ela, foram encontradas duas bombas caseiras na cidade de Nova Orleans, que já foram desarmadas. “Estamos caçando pessoas más”, disse o governador da Luisiana, Jeff Landry, enfatizando que as autoridades estão determinadas a encontrar todos os envolvidos no atentado e em qualquer possível plano terrorista.
Contexto internacional
O ataque em Nova Orleans ocorre em um contexto de crescente preocupação com a segurança global. Dez dias antes, na cidade de Magdeburgo, na Alemanha, um atentado semelhante deixou cinco mortos e mais de 200 feridos. Este fato, que gerou uma resposta urgente das autoridades alemãs, reflete o aumento da ameaça terrorista em várias partes do mundo.
Neste cenário, o FBI segue investigando possíveis conexões do ex-militar com outras organizações terroristas, reforçando a necessidade de medidas preventivas e de monitoramento de indivíduos que possam representar riscos à segurança pública.
Do Ver-o-Fato, com informções do G1