Na melhor partida, até agora, deste campeonato, Paysandu e Tapajós jogaram para a frente e souberam aproveitar as oportunidades, fechando o placar em 4 a 3 para o Papão, numa autêntica chuva de gols e sob um calor intenso, no estádio Francisco Vasques.
Logo aos 40 segundos de partida, a rede já balançava, com Genilson abrindo o placar em favor do Paysandu. A jogada começou com Ricardinho, que em cobrança de falta mandou para a área e Genilson completou de cabeça.
Aos 4, o Tapajós empatava, em jogada que saiu dos pés do raçudo Jackinha. Ele invadiu pela esquerda e cruzou, a defesa bicolor deu mole e Bambelo aparece para chutar. A bola desvia no pé de um zagueiro e vai para o fundo do barbante; 1 a 1. O jogo estava inflamado e vibrante, como os 36 graus de temperatura marcados pelo termômetro.
O Papão pressiona e Danrley consegue escanteio. São 15 minutos, Ricardinho faz a cobrança no segundo pau, o zagueiro bicolor Genilson sobe mais alto do que a zaga e manda para a pequena área. O goleiro Jader sai e evita o gol, mas Danrley, oportunista, não perde a chance e estufa as redes; Papão 2 a 1.
O time santareno quer o empate e se lança ao ataque. A defesa bicolor se vira como pode. E o time também ataca. Aos 23, Marlon perde a chance de fazer o terceiro. Ele pega uma sobra e chuta forte, mas a bola passa raspando a trave de Jader.
A resposta do Tapajós aos ataques do Paysandu é sempre perigosa. Aos 42, Ancelmo Junior cobra falta em direção à área bicolor e a bola espirra na barreira. O zagueiro Marcão afasta o perigo. Logo em seguida, em rápido contra-ataque, o Papão marca novamente.
Tudo começa com Danrley, pela direita. Ele manda rasteiro na direção da pequena área, José Aldo recebe e quando vai chutar, o volante Felipe Macena tenta afastar e acaba metendo a bola para dentro do próprio gol. Paysandu 3 a 1. O juiz Joelson Nazareno Cardoso dá mais 6 minutos de desconto e depois encerra a primeira etapa.
O preparo físico das duas equipes não havia acabado, como se poderia imaginar, no segundo tempo. A correria recomeça. Logo aos 2, Danrley, o melhor do ataque bicolor, dribla dois na área e serve a Dioguinho, que dá um chute torto, para fora.
O Boto responde aos 6 e chega às redes. O cruzamento de Lucas Cipoal chega à área do Papão e a zaga bate cabeça ao tentar o corte. A bola sobra para Bambelo, que empurra para dentro do gol; 3 a 2. O gol de empate, que causa susto ao Paysandu e levanta protestos da torcida no estádio, surge aos 13, em cobrança de pênalti.
Genilson derruba Bambelo por trás, dentro da grande área. Otávio vai para a cobrança. Bola de um lado, Elias Curzel do outro; 3 a 3. O Papão se recompõe e vai ao ataque, porém sem levar perigo para Jader. O gol da vitória, contudo, sai aos 46. O volante Yure estica a bola para a pequena área e Polegar surge para fulminar e decretar 4 a 3.
Na quarta-feira, 23, na Curuzu, tem mais. Basta um empate para o Papão chegar à semifinal. O Tapajós precisa da vitória para levar a decisão para os pênaltis.
Raio X da partida
TAPAJÓS: Jader; Amaral (Baloteli), Douglas, Junior e Jackinha; Fernando Portel, Felipe Macena (Engleson), Otávio e Ancelmo Junior (Kaikinha); Lucas Cipoal e Bambelo (Amauri). Treinador; Junior Amorim
PAYSANDU: Elias Curzel; Igor Carvalho (Polegar), Genilson, Marcão, Patrick Brey; Bileu (Yure), Ricardinho e José Aldo (Serginho); Marlon, Danrlei (Henan) e Dioguinho (Marcelo Toscano). Treinador: Márcio Fernandes
Árbitro: Joelson Nazareno Ferreira Cardoso. Assistentes: Márcio Gleidson Correia Dias e Felipe Souza da Silva
Cartões amarelos: Jader, Jackinha, Fernando Portel, Lucas Cipoal e Junior Amorim (Tapajós); Genilson, Bileu e Ricardinho (Paysandu)
Gols: Genilson, Danrley, Polegar e Felipe Marcena (contra), para o Paysandu; Bambelo, duas vezes, e Otávio, para o Tapajós.
Local: estádio Francisco Vasques (Belém)
Melhores momentos e os 7 gols: