O Hamas informou que a Faixa de Gaza ficou sem energia nesta quarta-feira (11), após a única estação de energia parar de funcionar. Nesta manhã, o ministro de Energia da Palestina, Thafer Melhem, à rádio Voz da Palestina, informou que a distribuição de energia à população começou a ser prejudicada quando Israel cortou o fornecimento, como parte do que chamou de “cerco total” em resposta ao conflito.
Melhem informou também que a estação tinha combustível para fornecer energia para no máximo 12 horas. Na segunda-feira, o ministro da defesa de Israel, Yoav Galant, ordenou o bloqueio total em Gaza e disse: “sem eletricidade, sem alimentos e combustível”. Ele afirmou à época que a medida faz parte de um movimento contra pessoas violentas.
“Durante anos fornecemos eletricidade, água e combustível a Gaza. Em vez de agradecerem, enviaram milhares de assassinatos, que sequestraram bebês, mulheres e idosos – foi por isso que decidimos parar o fluxo de água, eletricidade e combustível e agora a estação de energia local ruiu e não há eletricidade em Gaza”, escreveu o ministro da Energia de Israel, Israel Katz, na rede social X. Ele declarou ainda que continuará a apertar o cerco até que a ameaça do Hamas contra Israel acabe.
Este é o quinto dia de conflito na região do Oriente Médio. Desde sábado (7), mais de 2 mil pessoas morreram por causa do confronto, que começou após um ataque do Hamas contra Israel.
As Forças de Defesa de Israel também anunciaram ter atacado mais de 200 alvos ligados ao Hamas, nesta quarta. Os israelenses disseram que conduziram ataques aéreos com caças contra uma região conhecida como Al-Furqan, no norte da Faixa de Gaza.
Os militares israelenses informaram que a região funciona como um centro terrorista do Hamas. A defesa disse ainda que é de lá que partem vários ataques contra Israel. “As Forças de Defesa de Israel continuarão a operar contra a infraestrutura terrorista do Hamas que dirige o terror contra Israel”, afirmaram os militares em um comunicado.
Novos bombardeios continuaram sendo executados por Israel em áreas diferentes de Gaza, durante a manhã desta quarta-feira, pelo horário local. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, um total de 1.055 pessoas morreram na Faixa de Gaza em decorrência do conflito. Com isso, o número total de vítimas nos dois países somados chegou a 2.255.
A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos disseram à agência de notícias norte-americana AP nesta quarta-feira que nove funcionários foram mortos em ataques aéreos desde o início do bombardeio israelense em Gaza no sábado.
“A proteção dos civis é fundamental, inclusive em tempos de conflito”, disse Juliette Touma, diretora de comunicações da agência, conhecida como UNRWA. “Eles deveriam ser protegidos de acordo com as leis da guerra.”