Depois de um péssimo primeiro tempo, em que foi dominado e saiu perdendo, na segunda etapa, o Remo, apesar da melhora, voltou a vacilar e tomou castigo, sendo derrotado pelo Operário (PR) no final da partida. Com a derrota, o clube continua na zona do rebaixamento.
Eles se enfrentaram na noite desta segunda feira, no estádio do Baenão, para o fechamento da 12ª rodada do campeonato brasileiro da série C. Apesar de 7 jogos de invencibilidade, o Leão ainda buscava sua reabilitação e veio pra esta partida com o objetivo de se afastar da perigosa zona da degola.
Já o Operário, briga na parte de cima da tabela da competição. A equipe paranaense estava em 4º lugar e há cinco jogos sem saber o que era perder.
O jogo começou truncado, muito brigado e com poucas chances claras por parte das equipes. Enquanto o Remo tentava fazer uma blitz, fazendo marcação sob pressão, o Operário armava contra-ataques com o que tinha de melhor, a velocidade.
E num desses contra-ataques nasceu a primeira grande chance da partida. Aos 17 minutos, Felipe Augusto recebeu na esquerda, avançou em velocidade, puxou para o meio e finalizou forte. A bola desviou em Diego Guerra e quase encobriu o goleiro Zé Carlos. Aquela bola tinha endereço certo para a abertura do placar.
O jogo começou a esquentar e o Operário passou a mostrar porque estava brigando na parte de cima da tabela. Aos 28, no lado esquerdo do ataque do Fantasma, Erik Bessa cruzou na cabeça de Rafael Oller, que mandou no travessão de Zé Carlos. Quase o visitante abriu o marcador.
O Fantasma estava melhor, era nítida a superioridade técnica da equipe paranaense. Já o Leão, não conseguia produzir nada no campo de ataque. O Remo encontrava uma equipe forte e bem treinada.
A superioridade técnica no futebol sempre é recompensada com gol. Felipe Augusto fez boa jogada individual, passou pelo defensor do Remo, tocou para o meio da área, Alisson Taddei apareceu livre de marcação e bateu para estufar as redes do Leão. Operário 1×0.
Depois disso, o tempo foi passando e foi o fim do primeiro tempo. Foram 45 minutos em que o Operário foi nitidamente melhor. A equipe paranaense estava mais bem postada, mais veloz e claramente com nível técnico acima do Remo. O Leão foi para o vestiário sob estrondosa vaia de sua torcida, que sentiu a falta de reação da equipe azulina.
Pressão e vacilo
O segundo tempo começou e o Remo foi com tudo pra cima do Fantasma, mas continuava esbarrando na boa defesa do Operário. Até que aos 21 minutos, Muriqui recebeu sozinho dentro da área, na cara do gol, mas bateu em cima do goleiro Rafael Santos. O Leão perdeu a primeira grande chance que teve na partida, no momento em que estava melhor no jogo.
Era outra partida. Enquanto no primeiro tempo o Remo não conseguiu criar nada, na segunda etapa o Leão não parava de atacar.
Já o Operário, estava longe de ser aquela equipe dominante da primeira etapa. Parecia que o gol de empate do Leão Azul iria acontecer a qualquer momento.
Até que aos 37, Evandro arriscou do meio da rua e Rafael Costa fez linda defesa, colocando a redonda para escanteio. Na cobrança, Vitor Leque recebeu e mandou na área. A bola rebateu e foi na trave. Na volta, Élton completou para o gol do empate azulino. Gol recompensador pela mudança de postura do Leão na segunda etapa. 1×1.
Só dava Leão. O azulino não parava de atacar. Enquanto o Operário estava irreconhecível na segunda etapa, parecia outro time. Aquele fantasma dominante da primeira etapa tinha desaparecido.
E quando todos apenas esperavam o apito final do juizão, no último lance da partida, aconteceu um verdadeiro apagão da zaga azulina. Felipe Augusto foi lançado ao ataque, absolutamente sozinho, a zaga do Remo apenas assistiu o atacante partir pra cima e tocar na saída do goleiro.
Um verdadeiro castigo para um Leão. Fim de jogo. Remo 1×2 Operário.
Remo: Zé Carlos, Lucas Marques, Diego Ivo, Diego Guerra, Kevin (Evandro); Claudinei, Marcelo (Rodriguinho), Pablo Roberto (Vitor Leque), Lucas Mendes; Fabinho (Élton) e Muriqui. Técnico: Ricardo Catalá
Operário: Rafael Santos, Yago Rocha (Jonathan Costa), Allan Godoi, William Machado; Índio, Arthur Neves (Pará), Erick Bessa, Vinicius Diniz, Alisson Taddei; Felipe Augusto e Rafael Oller (Luidy). Técnico: Rafael Guanaes.
Melhores momentos e gols: