O Remo foi até Mirassol enfrentar a invicta Ferroviária e saiu de lá derrotado. No primeiro tempo foi um jogo truncado, sem brilho e equilibrado, as poucas pessoas presentes nem esperavam que as redes pudessem balançar. Mas balançaram, o Remo achou o seu gol e abriu o placar e segurou o resultado até o fim da etapa. No segundo tempo, sem gás, o Leão tomou dois gols em 2 minutos e viu a casa da derrota cair.
A Locomotiva mordida, foi pra cima do Remo, sufocou até conseguir o gol de empate logo em seguida a virada. O Leão não conseguiu jogar o segundo tempo inteiro, ou melhor, não quis jogar, abdicou da partida, baixou sua linhas e assistiu seu adversário jogar futebol e virar a partida como se fossem apenas espectadores. Péssima postura e péssimo desempenho azulino. No fim a derrota.
Ferroviária e Clube do Remo se enfrentaram na noite (20h) desta segunda-feira (15), pela 13ª rodada do campeonato brasileiro da série C, no estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP), já que a Fonte Luminosa, estádio onde a AFE manda seus jogos, está em reformas.
O Remo entrou em campo apreensivo com a “pedreira” que tinha pela frente. Enquanto o Leão luta no meio da tabela, oscila em bons e maus jogos, o adversário é uma máquina de pontuar, é o único invicto até então na competição (12 jogos, 6 vitórias e 6 empates) e também tem a melhor defesa (4 gols sofridos).
A bola rolou em campo neutro quase vazio. E com a bola rolando o jogo começou quente, com as duas equipes sempre em busca do gol, ninguém se escondendo no jogo, os três pontos fundamentais na competição do início ao fim.
E o primeiro lance de perigo de gol foi com o dono da casa. Aos 11 minutos, Carlão recebeu na área e bateu rasteiro de direita. Léo Lang se esticou todo e espalmou para escanteio. Uma defesaça. A bola tinha endereço.
Mas o Remo não estava morto. Aos 17, Diogo Batista chutou cruzado pela esquerda, rasteiro, e Saulo espalmou para frente. Na sequência, Jaderson arriscou de longe e o goleiro defendeu novamente. O jogo estava lá e cá.
Depois disso, irou um perde ganha. As equipes não conseguiam acertar o última passe, ou seja, quando os atacantes chegavam na intermediária adversária, erravam o passe e as jogadas de ataques não eram concluídas.
E quando o jogo fica truncado a bola parada é sempre a solução. Aos 36, Marco Antônio cobrou escanteio na área, Paulinho Curuá aproveitou a sobra na pequena área e mandou a bola pro fundo do gol. Gol de número 300 na Série C, e de quebra, derrubou a sequência de oito jogos da Ferroviária sem ser vazada.
Depois do gol o Leão ficou tranquilo, colocou o placar debaixo do braço, tocou a bola e esperou o tempo passar até o apito final da primeira etapa. Foram 45 minutos de ímpeto inicial dos atletas, mas o jogo esfriou, ficou truncado e com muitos erros. Mas no meio desse marasmo o Remo achou seu gol e saiu da primeira etapa com a vitória parcial. 1 a 0.
Sem gás e bobeira
O segundo tempo começou com a Ferroviária mordida pelo gol tomado, indo pra cima do Leão. O dono da casa se instalou no campo de ataque, dominou as ações da partida e não deixava o Remo respirar. Já o Leão, baixou muito suas linhas e começou a orar para o tempo passar e não levar gols.
A Locomotiva não parava, era uma metralhadora de ataque pra cima do Remo. Aos 11, Juninho soltou a bomba da intermediária e Léo Lang pulou para defender e espalmou para frente. Na sequência, Rafael Castro mandou para fora.
Aos 16, Ricardinho arriscou de longe e a bola passou raspando o travessão de Léo Lang. Parecia que a Ferroviária mandava uma chuva de flechas e o Remo estava com apenas um escudo para se defender. O Leão não saia da toca.
A pressão era absurda. Aos 28, Edson Lucas fez grande jogada na área e bola sobrou para Fernandinho, que foi travado no momento do chute. Só uma equipe jogava.
E como diz o ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Aos 36, Depois de uma bola alçada na área, Vitor Barreto cabeceia, e ela sobra para Carlão, que de carrinho mandou pro fundo das redes. Gol da Ferroviária. Gol da equipe que queria jogar futebol. 1 a 1.
E não deu nem tempo para lamentar. Fernandinho aproveitou a lambança da defesa azulina, a redonda sobrou pra ele, cara a cara com Léo Lang e não perdoou, mandando para as redes. O gol da virada, um gol merecido. Gol de quem entrou em campo simplesmente para jogar futebol. Ferroviária 2 a 1.
Depois do gol, o dono da casa administrou o resultado e o Leão não teve forças para empatar contra a imbatível Ferroviária. Foi um segundo tempo de um time só e a justiça foi feita esta noite em Mirassol. A Ferroviária buscou a virada e o placar de 2 a 1 para o dono da casa foi um resultado mais do que justo.
Escalações:
Ferroviária: Saulo; Lucas Rodrigues, Gustavo Medina, Jackson e Igor Fernandes (Edson Lucas); Ricardinho, Zé Mateus (Vitor Barreto), Xavier e Juninho (Pablo Gabriel); Carlão e Vitor Barreto. Técnico: Vinícius Bergantin.
Remo: Léo Lang, João Afonso, R. Castro (Matheus Anjos), Bruno Bispo, Diogo Batista, Hélder (Kelvin), Paulinho Curuá, Pavani, Jaderson, Marco Antônio (Ronald) e Ytalo (Ribamar). Técnico: Rodrigo Santana.
Arbitragem
- Árbitro: Emerson Ricardo de Almeida Andrade (BA)
- Assistente 1: Lorival Candido das Flores (RN)
- Assistente 2: Jucimar dos Santos Dias (BA)
- Quarto Árbitro: Gabriel Petrini Rodrigues Cruz (SP)
MELHORES MOMENTOS E GOLS: