O Remo foi até Rondônia encarar o Porto Velho e vai voltar trazendo na mala um dos maiores vexames de sua história. Em jogo decepcionante, perdeu por 1×0 e foi desclassificado na Copa do Brasil para um time que nunca passou de fase e fez seu primeiro jogo do ano. A partida teve um herói em campo: o goleiro Digão, de quase dois metros, que literalmente fechou o gol, pegando tudo.
Porto Velho e Clube do Remo entraram em campo na tarde desta terça-feira (16h30), no estádio Aluízio Ferreira, em jogo único, válido pela primeira fase da Copa do Brasil de 2024. O time da casa veio para o jogo com o status de pior classificado no ranking da CBF. Mas os rondonienses contavam com o mando de campo para bater o Leão, já que apenas a vitória interessaria para o Urso Branco avançar de fase. Já o Leão Azul, precisava apenas do empate para se classificar.
O Porto Velho retorna a Copa do Brasil após ter conseguido o tricampeonato rondoniense em 2023. O Urso Branco fez sua partida de estreia contra os azulinos em 2024, visto que o Campeonato rondoniense teve início adiado em uma semana.
Já o Leão, entrou em campo com o status de gigante da Amazônia e de um time que já fez ótimas campanhas na competição. Mas nem tudo é flores para o lado do rei da Amazônia, o Leão não vive uma boa fase, está na terceira colocação no estadual e no último jogo, em casa, foi vaiado por sua própria torcida, mesmo vencendo o Tapajós, seu adversário na ocasião.
O jogo começou e o dono da casa foi logo mostrando quem é que manda. Aos 7 minutos, Marco Goiano cobrou falta fechada na área, Fagner cabeceia, Marcelo Rangel não defende e a bola foi parar no fundo do gol azulino. O goleirão Marcelo Rangel está colecionando gols tomados com bolas defensáveis. Foi um péssimo começo do Leão! A torcida local foi ao delírio.
Depois do gol, o Remo tomou conta das ações da partida e começou a pressionar o time da casa, mas esbarrava em um time muito bem postado e com uma boa defesa. A equipe azulina ainda sofria com os contra-ataques do Porto Velho.
Mas o tempo ia passando e o cansaço do Urso Branco era notório. Parecia que o gol de empate do Leão poderia acontecer a qualquer momento, era ataque contra defesa, com diversos ataques desperdiçados com finalizações erradas.
Depois disso o tempo foi passando e a tônica do jogo não mudava. De um lado a equipe do Urso Branco que achou o gol cedo, através de bola parada e com falha do goleiro azulino. Do outro, o Remo, que depois do gol tomado, tomou conta da partida, pressionou muito, mas o melhor ataque do Campeonato Paraense não conseguiu furar a defesa do cansado Porto Velho. Fim do primeiro tempo, Porto Velho 1×0 Clube do Remo. Acredite se quiser.
Digão, o goleiro herói
O segundo tempo começou com o Leão com maior posse de bola, mas com o jogo muito truncado, um perde-ganha, uma verdadeira pelada. Tudo que o dono da casa queria: Um Remo ineficiente, o tempo passando e o placar favorável.
O Leão melhorou um pouco, com ataques mais contundentes, mas esbarrando no nome do jogo, Digão, o arqueiro rondoniense fechou o gol e nada passava por ele. Já o dono da casa armava contra-ataques para tentar matar o jogo.
E um desses contra-ataques, aos 41 minutos, o atacante Emerson Bascas protagonizou o lance mais bonito do segundo tempo. O ponta esquerda recebeu em velocidade, entrou na área, costurou toda a defesa do Remo, e quando o atacante ia marcar um gol de placa, ele chuta mal e Marcelo Rangel defende a redonda. Quase o Urso Branco matou o jogo.
O tempo passou e nem os 11 minutos de acréscimo resolveram a vida complicada do Remo. O juiz apitou o final. Um jogo histórico para a equipe do Porto Velho que se classifica pela primeira vez para a segunda fase da Copa do Brasil e que ganha uma premiação que vale 2 anos de salário de seus atletas. Quase R$ 1,7 milhão.
Para o Remo, restou o vexame! A equipe azulina não conseguiu furar a defesa de uma equipe que até então não tinha feito nenhum jogo no ano, que estava visivelmente cansada desde os 20 minutos do primeiro tempo e que era o pior time no ranking da CBF.
Esse jogo deixou um sentimento de incompetência do Remo e se criou um fantasma para o técnico Ricardo Catalá, que além de ter que se explicar, fica balançado no cargo de treinador azulino. Ridículo foi pouco. A cabeça de Catalá balança no Leão.
Escalações:
Porto Velho: Digão, Bala (Rodrigo Ramos); Maurício Leal; Rennã (Edson Amorim); Andreo; Fagner; Sorbara; Caio (Fernandinho); Farinha; Marco Goiano; Watthimen.
Remo: Marcelo Rangel; Thalys; Ligger; Reniê; Nathan (Raimar); Henrique (Pavani); Renato Alves; Camilo (Echaporã); Felipinho (Ytalo;; Marco Antônio (Kelvin); Ribamar.
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