O Remo empatou em casa com o São Francisco numa atuação decepcionante. Depois de um primeiro tempo corrido com os gols da partida, a segunda etapa foi tensa, faltosa, com muita cobrança da torcida e com a qualidade técnica muito abaixo do que já foi apresentada pelo Leão da capital. Catalá balança mais do que nunca no cargo.
Clube do Remo e São Francisco se enfrentaram na noite desta quarta-feira (20h), no estádio do Baenão, pela sexta rodada do campeonato paraense de 2024. No duelo, os Leões entraram em campo com objetivos bem opostos. De um lado o Leão de Antônio Baena que é líder de seu grupo e luta para alcançar seu maior rival (Paysandu) na luta pela liderança da competição. Já o Leão de Santarém, luta contra o rebaixamento do campeonato.
Os Leões já se enfrentaram em 11 oportunidades, todas pelo Parazão. O São Francisco leva a melhor com três vitórias, duas derrotas e seis empates.
A bola rolou e o jogo começou bem pegado, um jogo duro, onde as duas equipes não vieram para brincadeira, não tinha bola perdida.
Até que aos 7 minutos a primeira grande trama da partida. Felipinho foi lançado na direita do ataque, recebeu a bola dentro da área do São Francisco e chutou em cima do goleiro Gustavo Chaves, uma peteca. Apesar da fraca definição, naquele momento o dono da casa ia aos poucos dominando a partida.
Depois disso o Leão ficava com a bola e rondava a intermediária da equipe santarena. Já a equipe visitante, ficava atrás, tentando armar contra-ataque.
Até que aos 29 minutos o cenário da partida mudou. Em um ataque do São Francisco, o primeiro do visitante na partida, depois de quatro finalizações dentro da área, a primeira o goleiro defendeu, mas na última, a bola sobrou para Edgo, que levantou para ele mesmo e mandou uma meia-bicicleta, em uma lance digno de prêmio Puskas e a bola morreu no fundo do gol remista. Gol do pior ataque da competição. São Francisco 1×0.
Depois do gol o Leão da capital ficou mordido e foi pra cima do São Francisco. Pressionou, pressionou até que o zaga do visitante não resistiu. Aos 41, depois de um cruzamento, a bola sobrou para Ícaro que chutou de fora da área, no ângulo, sem chances para o goleirão. Outro golaço. O gol de empate Azulino. 1×1.
Depois disso, fim da primeira etapa. Foram 45 minutos muito bem jogados, o Remo dominou a maior parte do tempo, mas depois do gol do São Francisco o jogo ficou aberto, o Remo atacava e abria espaço para o contra-ataque dos visitantes, até que o dono da casa empatou a partida.
Vaias da galera
O segundo tempo começou equilibrado mas muito nervoso e muito faltoso. O clima estava tenso no Baenão, não só no gramado mas também nas arquibancadas. O futebol que é bom, estava pobre.
O tempo ia passando e o cenário do jogo não mudava, muito truncado e cheio de faltas, com o dono da casa um pouco melhor, pois tinha mais posse de bola e frequentava mais a área do adversário, mas isso não se caracterizava um domínio. O jogo estava aberto, nervoso e a torcida reclamava constantemente. Jogo dramático.
Depois dos 35 minutos o cansaço bateu no visitante e o Remo começou a dominar a partida e ficou ataque contra defesa. O Leão de Antonio Baena rondava a área do adversário, martelava, martelava, mas errava muito no último passe e na finalização.
O tempo passou e a melhor jogada do segundo tempo ficou nos pés de Mateus Anjos, que aos 41, depois de um bate-rebate a redonda sobrou na entrada da área. O Atacante tentou colocar no canto mas errou e a bola foi pra fora.
Depois disso o tempo passou e o juizão apitou o fim do jogo. Foi um segundo tempo muito abaixo tecnicamente, as substituições de Catalá não funcionaram. Mesmo o Remo dominando nos últimos 20 minutos, não conseguiu agredir com qualidade para virar a partida. Fim de jogo, 1×1, sob vaias da torcida.
Escalações:
Remo: Marcelo Rangel, Thalys, Ligger, Icaro (Reniê), Nathan (Raimar); Henrique (Matheus Anjo), Jaderson, Camilo (Pavani); Felipinho (Echaporã), Marco Antonio e Ribamar. Técnico: Ricardo Catalá.
São Francisco: Gustavo Chaves, Ramonzinho (Renan), Bruno Costa, Erick; Negueba, Camilo, Mauro Ajuruteua (Vitor Siri), Diego Borges; Edgo (Darlison PH), André Rosa e Marcos Paulo. Técnico: Betão.
Melhores momentos e gols: