O promotor militar Armando Brasil mandou instaurar inquérito policial militar (IPM) para apurar denúncias da Associação de Moradores e Agricultores da Beata, em Porto de Moz, contra agentes públicos pertencentes ao quadro da Polícia militar do Estado, que estariam na região para executar dois membros da diretoria da entidade.
De acordo com o presidente da associação, Nildo Pereira de Souza, no último domingo (6), vários assentados informaram que havia policiais militares de Altamira do Grupo Tático, comandados pelo PM Jhonson, na área do assentamento Nova união, com o objetivo de assassinar os diretores da associação, Leinaldo Cardoso e Pedro José Ramos.
Na denúncia, datada de 8 de outubro último, o presidente da associação lembra que seus associados já foram alvos de grileiros de terras e pistoleiros, que “amedrontaram e expulsaram os trabalhadores rurais de nossa área, que nos foi dada pela Vara Agrária de Altamira”.
Segundo a denúncia, o conflito culminou com a morte de um pistoleiro e a prisão de diversas pessoas, um policial militar e dois grileiros e desde então não havia notícias de novas ameaças na área.
“Não queremos acusar os réus do processo de serem os mandantes destes milicianos, pois não queremos cometer injustiça, mas esperamos que esta denúncia seja apurada e que o mandante ou os mandantes sejam responsabilizados para que a paz possa reinar no campo”, completa Nildo Souza.
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