Os pistoleiros Josoé Oliveira Barros e Francisco Mendes de Oliveira, acusados de executar a tiros o advogado Mario Pinto Silva, em São Félix do Xingu, em 2017, foram condenados a 12 anos de reclusão, cada um, em regime fechado. A condenação ocorreu durante sessão do Tribunal do Júri realizada na semana passada, sob a presidência do juiz Cristiano Lopes Seglia, que responde pela Vara Única de São Félix do Xingu, município localizado no sul do Pará.
De acordo com o processo, os acusados mataram por encomenda o advogado Mário Pinto Silva, na noite de 7 novembro de 2017, naquela cidade, por conta de uma dívida milionária. Segundo a polícia, eles receberam R$ 30 mil pelo crime. O advogado foi atingido à queima roupa dentro do seu veículo, em frente a Escola Municipal Filomeno de Souza, na Avenida Pará, no Bairro São José, onde esperava a esposa, por volta de 23 huras.
Os dois homens se aproximaram em uma motocicleta e desferiram três disparos de arma de fogo na cabeça da vítima.
Conforme o Ver-o-Fato publicou na época do crime, Mário Pinto da Silva sabia de fatos escabrosos que ocorriam nos meios políticos do Pará, onde atuava na defesa de prefeitos, ex-prefeitos e deputados. Fraudes eleitorais e fundiárias eram causas que passavam pelas mãos dele.
Dois meses antes, outro crime havia chocado a cidade, quando a advogada Dilamar Martins Silva foi encontrada morta em sua fazenda. Ela havia sido assassinada e queimada por Kenny Muller Barbosa Neves, que confessou o crime.
No caso de Mario Pinto da Silva, as investigações apontaram que os pistoleiros José Oliveira Barros e Francisco Mendes de Oliveira receberam 30 mil reais dos mandantes do crime, o casal Odaleia Carneiro de Souza e Antônio Honorato de Souza, que continuam foragidos, com prisão decretada.
A motivação do homicídio seria uma dívida elevada que o casal tinha com o advogado, mas que não foi completamente explicada durante o andamento do processo.