O promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, já apresentou à 3ª Vara do Juizado de Violência Doméstica de Belém as alegações finais sobre um feminicídio ocorrido em 2019, tendo como vítima Thais Fernandes.
Tida inicialmente como morte natural, a perícia criminal apontou que a mulher foi estrangulada pelo então companheiro, que ainda a levou para ser socorrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro da Sacramenta, onde foi constatado o óbito.
O médico que examinou a mulher na UPA desconfiou da história contada pelo marido, identificado como Odilon dos Santos, e solicitou o exame necroscópico. O resultado constatou características de asfixia e estrangulamento, o que causou a fratura no osso hioideo do pescoço pelo emprego de força.
Logo após o crime, Odilon dos Santos, que teve um relacionamento matrimonial com a vítima por cerca de sete anos, fugiu. De acordo com a denúncia feita pelo promotor Franklin Prado, trata-se de feminicídio com as qualificadoras de motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e asfixia. Além da necropsia, a perícia do local do crime levantou provas da autoria e materialidade da prática de crime.
As testemunhas ouvidas no processo também acreditam na culpa do réu, uma vez que a mulher estava sozinha na casa em que morava com o acusado. Foi solicitada também, uma indenização por dano moral à família da vítima.
Nas alegações finais, Franklin Prado reforçou o pedido para que seja efetivada a prisão por pronúncia do acusado, a fim de evitar que ele fuja ou que haja conflito com a família da vítima.
Antes das alegações finais, para que não restasse nenhuma dúvida da culpabilidade do réu, o promotor solicitou mais informações à perícia criminal sobre o corpo da vítima e o local onde ela foi assassinada.