A situação é mais grave do que se poderia imaginar em Barcarena, após a explosão e incêndio na planta industrial da empresa Imerys Rio Capim, em Vila do Conde, Barcarena, a 50 km de Belém. Moradores de comunidades próximas denunciam desconforto respiratório e coceiras pelo corpo, dizendo que a fumaça tóxica liberada pelo incêndio coloca em risco a saúde de milhares de pessoas da região.
O diretor da Cainquiama – entidade que processa na justiça a gigante do alumínio Norsk Hydro por contaminação -, Henrique Nery, disse em um áudio enviado ao Ver-o-Fato que muita gente foi para a porta da fábrica da Imerys reclamar do mau cheiro (enxofre) e exigir providências da empresa para atender as pessoas que estavam passando mal em sua residências, inclusive com vômitos.
“Falamos com um porta-voz da empresa, pedindo que sejam disponibilizadas ambulâncias para retirar as pessoas de suas casas e levá-las para um abrigo ou hospital onde possam receber cuidados médicos”, resumiu Nery. Um morador foi mais incisivo, afirmando que o que está acontecendo esta noite em Vila do Conde “parece filme de terror”.
A Imerys, até agora, não explicou quais as causas do acidente. Limitou-se a soltar um nota curta, dizendo que o incêndio havia sido controlado pelos bombeiros e que irá apurar o que houve. Também pouco informou se houve vítimas entre seus funcionários. Porque as outras vítimas, as que vivem nas comunidades próximas, já sofrem as consequências do fato.
Veja o protesto na frente da Imerys: