O casal brasileiro detido no Líbano por suspeita de tráfico de drogas pode pegar uma pena de até oito anos de prisão. Igor Antônio dos Santos Cabral, de 26 anos, e Juliana Nunes do Nascimento, de 31 anos, foram detidos no final de dezembro, cada um deles com 500 gramas de cocaína no estômago.
Segundo a advogada Aieda Muhieddine, uma eventual pena depende das circunstâncias do crime. Casos de tráfico internacional de drogas costumam gerar condenações de até oito anos de prisão.
Aieda Muhieddine diz que as circunstâncias da detenção dos brasileiros são desconhecidas e que é difícil prever quanto tempo o casal deve aguardar para ser julgado, caso o crime seja confirmado pela investigação.
Problemas econômicos no país fazem com que a Justiça atue com “morosidade”, afirma Aieda Muhieddine. Além da greve do Poder Judiciário, o Líbano passa por uma crise energética que provoca falta de luz, impactando o dia a dia dos serviços públicos.
ENTENDA O CASO
Os brasileiros estavam desaparecidos desde 18 de dezembro, após uma viagem de Carazinho para São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o casal está junto há dois anos, e essa foi a primeira viagem que fizeram à capital paulista. Apesar de morar em Carazinho, Juliana é natural de Belém, no Pará.
Igor e Juliana viajaram para São Paulo em 13 de dezembro para fazer compras. Eles chegaram à capital paulista no dia 14 e mantiveram contato com familiares até o dia 18. A última troca de mensagens havia ocorrido nesse dia.
Depois disso, a mãe de Igor, Claudete, disse que tentava ligar para o celular do filho e para o da companheira dele, mas os telefones não chamavam. Outros familiares e amigos mandaram mensagens, mas não houve resposta. A última visualização de mensagens por parte deles foi por volta das 16h do dia 18.
O caso era investigado como desaparecimento pela Polícia Civil, até que, no último dia 29, familiares do homem procuraram a delegacia com informações de autoridades libanesas sobre a detenção do casal. Com a detenção do casal, o caso de desaparecimento “está praticamente encerrado”, afirma a delegada Rita de Carli. Com informações do G1