Um episódio alarmante ocorrido no último final de semana em Parauapebas, no sudeste do Pará, serve como um chamado à atenção das famílias para os perigos que rondam as crianças, tanto nas ruas quanto no ambiente virtual. Sebastião Oliveira Franco foi preso em flagrante na tarde deste domingo (5), após tentar atrair uma menina de 9 anos para sua casa oferecendo maçãs.
O suspeito, segundo relatos, já teria utilizado estratégias semelhantes em outras ocasiões. De acordo com a Polícia Militar, a denúncia partiu do pai da vítima, que reside no bairro Nova Vitória. Ele informou que o homem, em situação suspeita, chamou sua filha para entrar na residência enquanto estava sem roupas, oferecendo frutas como forma de atrativo.
A criança relatou o ocorrido aos pais, que imediatamente acionaram a polícia. Sebastião foi localizado e preso pela guarnição da PM e encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca). Investigações preliminares indicam que o suspeito já teria sido apontado em outras denúncias por aliciar crianças utilizando doces e frutas.
Orientação e vigilância: o papel da família e da sociedade
Casos como este são um alerta urgente sobre a importância de proteger nossas crianças contra predadores sexuais. Eles utilizam abordagens aparentemente inofensivas, como ofertas de alimentos ou presentes, para ganhar a confiança das vítimas. Essa tática, conhecida como grooming, também é amplamente usada em redes sociais, onde criminosos buscam criar vínculos emocionais antes de cometerem abusos.
Para evitar que situações como essa se repitam, é essencial que os responsáveis:
Dialoguem com as crianças: Explique, de forma adequada à idade, sobre os perigos de aceitar convites, presentes ou alimentos de estranhos, seja no ambiente físico ou online.
Mantenham vigilância ativa: Supervisionem as interações sociais dos filhos, incluindo o uso de redes sociais e aplicativos de mensagens.
Atenção à exposição: Evitem publicar informações e fotos de crianças nas redes sociais, especialmente em situações que possam revelar rotinas, locais frequentados ou outros dados pessoais.
Confiança para denunciar: Incentivem as crianças a relatar qualquer comportamento suspeito ou que as deixe desconfortáveis.
O caso, agora sob investigação pela Polícia Civil, reforça a necessidade de uma sociedade vigilante e unida contra a exploração infantil. A proteção das crianças é responsabilidade de todos. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, que garante anonimato e suporte às vítimas.