Preso em julho do ano passado em Portugal por envolvimento do tráfico internacional de drogas, o tenente da Polícia Militar do Pará, Aderaldo Pereira de Freitas Neto, será interrogado por um Conselho de Justificação da PM, composto por três oficiais, segundo decreto de nomeação assinado na terça-feira pelo governador Helder Barbalho.
O Conselho de Justificação é composto pelo tenente-coronel Marcelo André da Costa Ferreira, presidente, tenente-coronel Ivan Silva da Encarnação Júnior, interrogante e relator, além do major Itamar Rogério Pereira Gaudêncio, escrivão.
Aderaldo, já afastado da força militar e cumprindo prisão, poderá ser expulso caso fique comprovada a participação dele no caso. O tenente caiu nas malhas da “Operação Norte Tropical”, que investiga a participação de outras pessoas no esquema criminoso.
A droga apreendida em Portugal partiu de um porto de Barcarena. Quatro paraenses foram apanhados pela Interpol. O empresário Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, e Nilson de Souza Castro Neto, conhecido como “Nilsinho” foram os dois primeiros presos.
Eles receberam em Lisboa um contêiner oriundo do porto de Vila do Conde, em Barcarena. Dentro do contêiner havia 320 quilos de cocaína escondidos em uma carga de açaí.
O promotor militar Armando Brasil explica que o tenente ficará agregado enquanto corre contra ele o processo administrativo disciplinar, o chamado Conselho Especial de Justificação.
“Na prática, isso significa que o militar deixa de figurar na lista de promoção, ele será remunerado proporcionalmente ao tempo de serviço e, ao cabo do fim do conselho, se for considerado culpado ou incapaz para o serviço militar ativo, deverá ser excluído da corporação definitivamente”, ressaltou Brasil.
Por outro lado, caso seja absolvido, o oficial vai ser reintegrado ao quadro original e vai ter direito a perceber de forma retroativa as promoções e os valores devidos ao período de agregação.
Leia o documento abaixo: