Mais uma etapa do imbroglio envolvendo o governo federal e produtores que mantém gado dentro da Flona Jamanxim, entre os municípios de Novo Progresso e Itaituba, no sudoeste do Pará.
Em decisão liminar, movida por advogados dos pecuaristas, a Justiça Federal decidiu que o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) está impedido de realizar nova apreensão no Pará de mais de 6 mil cabeças que seriam doadas às vítimas do Rio Grande do Sul.
Segundo o advogado Pedro Henrique Gonçalves, defensor dos pecuaristas, a Justiça Federal negou autorização para a operação e concedeu liminar para que o proprietário das 6 mil cabeças fique como fiel depositário dos animais.
Também foi dado prazo de 10 dias para que todo o gado seja retirado da área, pois ela está embargada e ocupada ilegalmente. Dentro da Flona Jamanxim há um grande desmatamento provocado pela retirada de madeira e expansão da pecuária.
Na sexta-feira passada, uma grande operação, com apoio da PF e Força Nacional, chegou a apreender 3 mil das 6 mil cabeças de gado, o que gerou protestos que culminaram na destruição de pontes de madeira por onde os animais iriam passar ao sair da Flona.