Nestas duas primeiras semanas do ano de 2023, ao menos 56 mortes violentas já foram registradas por todo o Pará, sendo 39 homicídios e 17 alegados confrontos com homens da Polícia Militar. Isso dá uma média de quatro mortes violentas por dia.
Estes números, é bom destacar, não são oficiais, pois estão baseados em matérias publicadas por portais de notícias de várias regiões do Estado, portanto, o número pode ser maior, uma vez que, devido à dimensão do território paraense, algumas ocorrências em locais mais
afastados podem não ter sido divulgadas ainda.
Como se recorda, na primeira semana de 2023, foram registradas, ao menos, 25 mortes violentas, sendo 18 assassinatos e 7 alegados confrontos. Em nove dias, aumentou para 36 esse número, com 22 assassinatos e 14 prováveis confrontos com a PM, nos quais, um sargento foi baleado e morto.
Também nota-se que cada vez mais, os criminosos agem com extrema violência. Um exemplo disso ocorreu em Igarapé-Miri, na Região do Baixo Tocantins, nordeste do estado, na noite de quinta-feira (12), onde um homem foi morto e decapitado, na zona rural do município. Segundo a polícia, o fato ocorreu durante um confronto de facção rivais. Ninguém foi preso.
Belém não foge à regra. Na noite de sexta-feira, um homem que seria ligado a uma torcida organizada foi executado a tiros por um homem não identificado, no Bairro da Pedreira, quando saia de uma arena. Nesse caso, há provável envolvimento de criminosos disfarçados de torcedores.
Duas execuções foram registradas, na sexta-feira (13) e um latrocínio, na quinta (12), em Castanhal, no nordeste do Pará. As vítimas foram dois jovens, assassinados em bairros diferentes por atiradores não identificados, e um idoso que teve a casa invadida por ladrões e foi morto por enforcamento.
Em Pacajá, na Região do Xingu, sudoeste paraense, foram registrados três homicídios, na terça-feira (10), na sexta (13) e no sábado (14). O primeiro e o último caso também foram com características de execução de dois homens, por dois atiradores de moto, um no centro da cidade e outro na Rodovia Transamazônica. Também houve ocorrências de dois homicídios em Altamira, na mesma região.