Paysandu e Volta Redonda fizeram um bom jogo na Curuzu e empataram em 1×1. Foi uma partida em que o Papão foi melhor, mas ficou nítida a deficiência ofensiva da equipe bicolor.
Foi o primeiro jogo de seis em que a equipe mais vencedora do norte do país precisava demonstrar o quão pesada é esta camisa. Foi um resultado frustrante.
Os times se enfrentaram na tarde/noite deste domingo, pela 1ª rodada do Grupo C, do quadrangular final da Série C. Por conta de uma punição ao clube paraense, apenas mulheres e crianças de até 15 anos puderam entrar no estádio.
O Voltaço foi a campo com o status de vice-líder da competição. Após frequentar a zona da degola no ínício da competição, a equipe carioca deu a volta por cima e fez uma bela campanha de recuperação.
O Papão teve uma trajetória parecida. Após oscilar muito no início do campeonato, o bicolor trouxe seu atual treinador, Hélio do Anjos, que mudou a equipe e colocou o Paysandu no rumo das vitórias, classificando o alvi-celeste no G8.
A bola rolou debaixo de um toró, típico de nossa região. E com dilúvio caindo o Papão foi pra cima. E logo aos 6 minutos, em ataque com Mário Sérgio, o atacante foi derrubado na entrada da área, a bola sobrou para Nicolas Careca que mandou a redonda no ângulo do goleiro. Um golaço.
Só que o gol não valeu porque o juizão tinha apitado falta antes do chute de Nicolas, a favor da equipe bicolor. O Paysandu ficou na bronca da arbitragem que tomou uma decisão muito infeliz, prejudicando o dono da casa, não dando a vantagem no lance.
Depois disso o jogo ficou muito truncado e faltoso. O Papão até assustava com tiros de fora da área, mais insuficientes para ferir a defesa dos cariocas.
Até que aos 29, a bola foi lançada no ataque do Voltaço. o atacante Ítalo ganhou de Wellington Carvalho na velocidade e depois foi puxado pelo defensor dentro da área. O Árbitro marcou pênalti para o Volta Redonda.
Na cobrança, o atacante Ítalo bateu bem e marcou o seu 10º gol na competição, sem chances para o goleirão, aumentando o saldo de gols do melhor ataque da competição. Volta Redonda 1 x 0 Paysandu.
Mas a comemoração foi curta. Dentro de casa, o Paysandu é bicho Papão. Robinho cruza, a bola atravessa toda a área e chega em Kevyn, que só empurra para dentro do gol. O bicolor empata 4 minutos depois, mudando o astral do caldeirão que é a Curuzu. 1×1.
Depois disso o alvi-celeste foi pra cima decidido a resolver tudo nesse primeiro tempo, mas a defesa carioca estava bem postada e não deu brechas para o gol da virada.
O tempo foi passando e o juizão apitou o fim de um bom primeiro tempo. Foi uma etapa equilibrada na maior parte do tempo, mas depois do gol de empate, o Paysandu foi superior e terminou os primeiros 45 minutos melhor que o visitante.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro, com o Paysandu indo pra cima do Volta Redonda. Aos 19 minutos aconteceu a primeira grande chance da etapa complementar. Kevyn cruzou e Mário Sérgio cabeceou com muito perigo. Quase a virada do Paysandu.
2 minutos depois Nicolas Careca perdeu uma chance incrível. Careca roubou a bola na saída de gol do Voltaço, invadiu a grande área com liberdade e finalizou pra fora do estádio. Careca perdeu uma chance que não se perde em reta final de competição.
E só dava o Papão. Aos 25, Robinho bateu escanteio e a bola sobrou para Vinícius Leite, que ajeitou e bateu colocado. Jean Drosny tirou a bola com os olhos. Quase o gol da virada bicolor.
As substituições do Paysandu melhoraram a desgastada equipe. O Papão controlou o meio campo e empurrou a equipe carioca para o campo de defesa. Naquele momento o dono da casa amassava o visitante, mas sempre com dificuldades no último passe para a finalização.
E o tempo foi passando e o juiz apitou o fim de jogo. Foi uma etapa em que o Paysandu foi melhor, dominou as ações da partida, mas foi muito ineficiente na parte ofensiva.
O Paysandu joga um quadrangular final de seis jogos em que não pode errar, não pode perder pontos em casa e não pode ter uma noite ruim.
Agora é a hora de buscar pontos fora de casa pra compensar. Acorda, Papão, agora restam cinco jogos.
Paysandu: Matheus Nogueira, Edílson, Wanderson, Wellington Carvalho, Kevyn; Jacy Maranhão (Arthur), João Vieira (Ronaldo Mendes), Robinho (Leandrinho); Nicolas Careca (Mirandinha), Mário Sérgio e Vinicius Leite (Juninho). Técnico: Hélio dos Anjo.
Volta Redonda: Jean Drosny, Wellington Silva (Rafinha), Matheus Santos, Marcão Costa; Sanchez (Ricardo Sena), Bruno Barra, Paulinho, Júlio César (Caio Vitor;, Marquinhos, Douglas Skilo, Ítalo Carvalho. Técnico: Rogério Correa.
Melhores momentos e gols: